Chegou ao fim a longa novela envolvendo a renovação de Léo Jardim com o Vasco. O goleiro assinou novo contrato até 2030 e frustrou o interesse de clubes da Europa e do Brasil. O desfecho foi positivo para todas as partes: clube, jogador e torcida.
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Vasco anuncia renovação de Léo Jardim até 2030 — Foto: Matheus Lima/Vasco
Titular absoluto desde que chegou em 2023, Léo nunca perdeu a posição, mesmo com a concorrência de nomes como Ivan, Keiller e Daniel Fuzato. Dentro de campo, o desempenho chamou atenção a ponto de levá-lo à seleção brasileira em 2024, convocado por Dorival Júnior. Fora dele, se consolidou como liderança no vestiário. No entanto, havia uma insatisfação crescente: o salário era considerado baixo em comparação com outros atletas, inclusive reservas.
A valorização era um desejo claro do jogador. As primeiras conversas aconteceram ainda sob a gestão da 777 Partners, com Alexandre Mattos. No entanto, o processo só avançou com a chegada de Pedrinho ao comando do futebol vascaíno, em julho do ano passado. A diretoria entendeu que manter Léo no elenco era prioridade absoluta.
Durante os oito meses de negociação, o estafe de Léo Jardim, liderado por Paulo Pitombeira, da Talents Sports, priorizou o Vasco. Mesmo assim, houve sondagens do Galatasaray, da Turquia, e de um clube português. As propostas foram descartadas. Léo queria continuar em São Januário.
O Vasco precisou de seis propostas para alcançar o acordo final com o jogador. A primeira, feita em dezembro, oferecia vínculo até 2028 e aumento salarial. Ainda estava distante do esperado. A cada nova rodada de negociações, os valores foram ajustados até que a sexta proposta foi aceita. O contrato foi assinado nesta quinta-feira.
A virada aconteceu em junho, quando Pedrinho e o CEO Lúcio Barbosa se reuniram com Pitombeira em São Paulo para apresentar a proposta final. Depois disso, o diretor de futebol Admar Lopes — que conhece Léo desde os tempos de Lille — finalizou os detalhes do acordo. Ele também tem boa relação com o empresário do atleta.
Com a renovação até 2030, a multa rescisória de Léo Jardim foi fixada em 10 milhões de euros, o equivalente a R$ 64,8 milhões. Agora, ele passa a ter o segundo maior salário do elenco, atrás apenas de Philippe Coutinho. A direção acredita que o goleiro pode se tornar um dos rostos da nova geração do Vasco, sendo referência para os mais jovens e símbolo da reconstrução esportiva do clube.
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Léo Jardim, do Vasco, em treino da seleção brasileira — Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Desde sua chegada, Léo disputou 138 dos 143 jogos possíveis e jamais ficou fora de uma rodada do Brasileirão. Em 2025, voltou a ser decisivo, especialmente na Copa do Brasil, quando defendeu três pênaltis contra o Operário. Nessas classificações, o retorno financeiro ao clube já superou o investimento feito em sua contratação.
Motivado por títulos e pela chance de voltar à seleção brasileira, Léo Jardim optou por seguir no Vasco. Agora, com vínculo estendido, ele reforça o desejo de se tornar ídolo de uma geração inteira de torcedores cruzmaltinos.
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