A terça-feira começou tranquila. Mais um jogo da Copa do Brasil em São Januário, Vasco contra o Operário-PR. Nada fora do roteiro: jogo duro, clima de decisão. Mas ninguém esperava viver um enredo tão nervoso, com um personagem improvável, um herói já conhecido — e um final cardíaco.
O primeiro tempo foi como se previa: travado, pegado. O Vasco teve mais posse, mais controle, mas o desgaste físico já dava sinais após a maratona que incluiu a goleada sobre o Fortaleza no sábado. Ainda assim, aos 41 minutos, Rayan apareceu como um raio. Acreditou em uma jogada que parecia perdida, ganhou na força e na velocidade, e finalizou com frieza. Vasco 1 a 0. Justo.
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O problema é que o 1 a 0 dava a falsa impressão de tranquilidade. O Operário já havia assustado antes do intervalo e voltou do vestiário melhor. Mais inteiro fisicamente e com mais organização. O Vasco, por outro lado, caiu de produção. A rotação diminuiu. Diniz demorou a mexer. As substituições que vieram, não surtiram efeito. E aí, o inevitável aconteceu: bola aérea nos acréscimos e gol do empate com Ademilson. 1 a 1. O São Januário que cantava, silenciou.
E no meio de tudo isso, Loide Augusto virou protagonista. Recusou instrução do técnico, respondeu com provocação ao banco após quase fazer um golaço… e, no fim, teve a responsabilidade de cobrar o pênalti decisivo das alternadas. Do céu ao inferno e vice-versa em 30 minutos.
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Mas quando tudo parece perdido, aparece ele: Leonardo César Jardim. Três defesas monstruosas nos pênaltis — uma delas salvando o Vasco da eliminação. Um paredão viciado em decisão. Se é o melhor do Brasil? Pouco importa. Para o torcedor vascaíno, é o melhor do mundo. E ponto final.
Sobre os pênaltis, fica a dúvida: por que João Victor, zagueiro, bateu antes de nomes como Adson, Hugo Moura, Cocão e o próprio Loide? Ninguém sabe. Mas o que importa é que o Vasco converteu sete cobranças, sofreu seis… e passou.
Está classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil. Com sofrimento, drama e coração na boca.
Confira os melhores momentos:
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