Zagueiro também falou sobre sua volta aos gramados e o suporte que o Cruzmaltino deu durante o tempo afastado: “Sou e serei eternamente grato ao Vasco”
Em entrevista concedida ao Jornal O Dia, o defensor revelou que continua trabalhando duramente para que 2023 seja o seu ano no cruzmaltino. E também comentou sobre a importância do acesso a primeira divisão do campeonato brasileiro.
“Com toda certeza, sabíamos que era importante essa volta para a elite do futebol brasileiro. Sigo trabalhando diariamente para que 2023 seja o meu ano. Espero contribuir para ajudar o Vasco a alcançar seus objetivos”, disse Miranda.
O zagueiro também falou sobre o momento mais difícil que enfrentou na sua carreira, quando foi suspenso pela Conmebol, por doping. E comentou sobre as dificuldades que enfrentou durante sua preparação para se manter em forma durante o tempo de suspensão. Já que o jogador ficou proibido de frequentar as dependências do Vasco da Gama durante o período. Miranda também diz que recebeu bastante apoio da comissão técnica, dirigentes e diretores do Vasco.
– Foi difícil, mas encarei da melhor forma possível. Me preparei, treinei todos os dias, contratei um analista de desempenho para que eu voltasse melhor do que eu estava quando parei. O Vasco me deu todo o suporte possível nesse momento, mesmo eu não podendo frequentar o clube. Dirigentes, membros da comissão e diretores me mandaram mensagens de apoio. Sou e serei eternamente grato ao Vasco por isso – relatou o atleta.
A volta de Miranda aos gramados foi em uma partida decisiva do Vasco na temporada, contra o Sport, na Ilha do Retiro. Jogo em que o Vasco lutava pela sua manutenção no G4 contra um adversário direto. Além disso, também foi improvisado por Jorginho na lateral-direita. O que deixou a torcida bastante desconfiada no momento em que saiu a escalação para o jogo. Miranda atuou os primeiros 45 minutos de jogo até ser substituído. E apesar de não ter feito uma grande exibição, não comprometeu.
– Eu já estava treinando na lateral há um tempo, onde eu nunca tinha jogado na carreira. Encarei como uma oportunidade de retorno para mim e foi o que aconteceu. Defensivamente fui bem, cortei, fiz antecipações, mas ofensivamente poderia ajudar um pouco mais. Não estava no meu melhor ritmo de jogo e acho que prejudicou um pouco também, mas foi importante estar de volta e ajudar de alguma forma no acesso – apurou.
A partida na capital pernambucana foi marcada pelo triste episódio da invasão de campo, por torcedores do Sport. O acabou acarretando uma punição para o clube de Recife, depois de julgamento no STJD. E o Vasco foi declarado vencedor do jogo. Miranda contou como foi vivenciar aquela difícil situação.
– Eu já tinha vivenciado isso na base, mas foi um momento de aflição. Não sabia para onde correr. Via muitos torcedores e jogadores do Sport correndo atrás da gente. Assim que chegamos no vestiário, ainda assim, foi difícil porque estavam tentando invadir o vestiário. Ficamos presos no vestiário por bastante tempo. Não tinha nenhuma (condição de continuar a partida). Nós não nos sentíamos seguros. Sabíamos que poderia acontecer uma fatalidade naquele momento e, enquanto nós não nos sentíssemos seguros sobre a torcida e o jogo, nós não voltaríamos – relatou.
Veja outras respostas de Miranda durante a entrevista:
A transição da base para os profissionais e o processo de amadurecimento:
– Subi com 17 anos ainda com o Zé Ricardo e joguei o meu primeiro jogo com o Jorginho. Esse momento foi um período de muito aprendizado e de uma realidade que eu ainda não tinha vivido. Com pressão, responsabilidade. Foi bom para mim, me tornei maduro mais cedo e entendi como era a realidade do profissional.
A diferença dos bastidores do Vasco com a chegada da 777 Partners:
– Pagamentos em dia, compromissos sendo cumpridos. Profissionalismo e muito respeito com todos os funcionários do clube.
Expectativas para o futuro no Vasco:
– A torcida pode esperar um Miranda mais focado nos seus objetivos, sejam coletivos ou individuais. Quero ajudar o clube a alcançar títulos e me tornar uma atleta melhor.
Por Fernando Arruda