O jogador Nenê, que teve seu contrato rescindido com o Vasco em janeiro de 2018, entrou com um processo na Justiça contra o clube em janeiro de 2020 cobrando valores a receber pela rescisão e juros por atraso no pagamento, totalizando R$ 2.835.541,43. Por conta da paralisação da Justiça em decorrência da pandemia, o caso ainda não foi julgado, após uma primeira audiência de conciliação ter ocorrido e as partes não terem chegado a um acordo.
Inicialmente, o acordo previa o pagamento de R$ 800 mil divididos em 30 vezes, a partir de fevereiro de 2018, porém nenhuma parcela sequer foi paga. Esse valor contemplava salários atrasados, férias vencidas e proporcionais e premiações. Vale lembrar que, em 2018, o clube não tinha nenhum valor a receber de cotas de TV e sem contratos de patrocínio fixos, portanto um ano em que o clube só fechou no positivo por diminuição de gastos e as vendas de Paulinho, Evander, entre outros.
Com o atraso, o atleta passou a cobrar também FGTS atrasado mais multa, juros e correção monetária do período, multa por não pagamento de verbas rescisórias e também honorários de seu advogado.
No seu contrato de rescisão, tem o motivo descrito como “iniciativa unilateral imotivada pelo empregado” e, nessa negociação, o Vasco conseguiu que o São Paulo perdoasse dívidas pelas contratações de Wellington e Breno. No dia 5 de maio, o atleta solicitou como requisitos para um acordo com o clube o pagamento do valor já citado, parcelado em 12 vezes, multa de 30% em caso de inadimplência e vencimento antecipado após duas parcelas atrasadas. O clube tem 15 dias para responder a essas solicitações.
Por: Rick de Castro