O bilionário estadunidense John Henry, proprietário do Liverpool desde 2010 por meio da empresa Fenway Sports Group (FSG), está de olho no mercado sul-americano e demonstrou interesse na aquisição da Vasco SAF. Segundo informações divulgadas pela página KOP CONNECTION e pelo jornalista Leonardo Baran, o empresário busca expandir sua atuação no futebol global, fortalecendo sua presença em mercados emergentes. Henry, que transformou o Liverpool em uma potência no futebol europeu, agora avalia o potencial do Vasco no cenário internacional, destacando o clube carioca como um possível próximo passo em sua estratégia de negócios esportivos.
O interesse de Henry não é casual. O futebol brasileiro tem atraído a atenção de investidores internacionais, que veem no país um celeiro de talentos e um mercado com enorme potencial de crescimento. Para o Vasco, a entrada de um investidor com o histórico de Henry poderia significar não apenas uma injeção financeira, mas também a implantação de uma gestão moderna e eficiente, capaz de levar o clube de volta ao topo.
Henry nasceu em Quincy, uma pequena cidade no estado de Illinois, nos Estados Unidos, mas sua infância foi marcada pelos vastos campos de soja, milho e trigo da fazenda da família em Forrest City, Arkansas. Foi ali, em meio às colheitas e ao trabalho no campo, que ele desenvolveu uma disciplina que mais tarde o ajudaria a construir um império no mundo dos negócios e do esporte. Aos nove anos, ele assistiu ao seu primeiro jogo da Major League Baseball no histórico Sportsman’s Park, um momento que acendeu sua paixão pelo esporte.
Henry iniciou sua carreira empresarial com a fundação da J.W. Henry & Co. em 1980, uma empresa comercial que rapidamente se tornou um sucesso. Com a fortuna acumulada, ele começou a diversificar seus investimentos, entrando no mundo esportivo. Sua trajetória no esporte começou com o Tucson Toros, da Pacific Coast League, mas foi apenas o primeiro passo de uma longa caminhada.
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Em 1991, Henry tornou-se sócio do icônico New York Yankees, uma parceria que durou até 2003. Durante os anos de 1999 a 2001, foi presidente e único proprietário do Florida Marlins, um time que também disputa a Major League Baseball (MLB). Mas sua grande vitrine foi mesmo a aquisição do Boston Red Sox, em 2002, um time que na época vivia sob a “maldição do Bambino” — uma sequência de 86 anos sem conquistar a World Series. Sob a gestão de Henry, o time voltou a brilhar, vencendo o título em 2004 e quebrando um dos maiores jejuns do esporte americano.
Não satisfeito, Henry também se aventurou no hóquei no gelo, adquirindo o Pittsburgh Penguins, um dos times mais tradicionais da NHL, e no automobilismo, onde fundou a iRacing.com, principal portal de simulação de corridas do mundo, e adquiriu 50% da RFK Racing, uma equipe de destaque na Nascar. Em 2022, ele ainda ocupava a presidência do conselho de negócios da MLB, consolidando sua influência no esporte americano.
Talvez sua maior contribuição ao esporte tenha vindo em 2010, quando adquiriu o Liverpool, da Inglaterra. Na época, o clube estava mergulhado em dívidas e longe de sua antiga glória. Sob a gestão de Henry, o Liverpool passou por uma revolução administrativa e técnica. Ele não apenas investiu em infraestrutura e contratações, mas também trouxe uma filosofia de gestão que priorizava a sustentabilidade financeira e o sucesso esportivo.
O resultado foi uma década de conquistas: os Reds conquistaram a Liga dos Campeões em 2019 e a Premier League em 2020, quebrando um jejum de 30 anos sem o título nacional. Essas vitórias não apenas restauraram o prestígio do Liverpool, mas também transformaram o clube em um dos mais valiosos do mundo.
Se concretizar o investimento, Henry poderia repetir no Vasco o sucesso que teve com outros clubes. Sua estratégia, baseada em uma combinação de gestão profissional, infraestrutura de ponta e foco no longo prazo, tem se mostrado eficaz em diferentes contextos esportivos. Para a torcida vascaína, isso poderia significar uma nova era de conquistas e estabilidade.
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