Depois de 3 anos, o mandato de Jorge Salgado como presidente do Vasco da Gama se encerrou. Foi uma gestão marcada por fracassos esportivos ao longo das 3 temporadas, mas importante na formação da SAF vascaína, que dá esperança de dias melhores ao torcedor do clube. O ge fez um levantamento e descobriu quais promessas feitas por Jorge Salgado ao longo de seu mandato foram cumpridas. Confira:
R$ 70 milhões para capital de giro
Ainda em campanha, o presidente eleito no fim de 2020 prometeu dinheiro imediato para pagar salários e impostos atrasados. A ideia era captar R$ 70 milhões via Cédula de Crédito Bancários (CCB). Salgado, no entanto, não conseguiu arrecadar o fundo e sofreu no primeiro ano de mandato. A justificativa foi que a queda do Vasco para a Série B dificultou as negociações.
Futebol forte e vencedor
Se teve algo que Salgado prometeu e não foi cumprido, foi um futebol forte. Apesar de ter feito essa promessa aos torcedores, a realidade é que o presidente acumulou um rebaixamento e uma permanência na Série B durante seu mandato, além de quase cair com o clube em 2023, mesmo com investimentos milionários da 777.
Reestruturar o endividamento
Foi o ponto de mais elogios da gestão e que, realmente, o prometido foi cumprido. Logo no primeiro ano, o Vasco reduziu sua dívida de R$ 833 milhões para R$ 723 milhões. A promessa era entregar o clube ao final do triênio com dívida inferior a R$ 400 milhões, e isso aconteceu por causa da venda da SAF, que assumiu o passivo do clube. Em balanço divulgado no fim do ano passado, a associação informou dívida líquida em torno de R$ 25 milhões.
Mas a maior parte da dívida do futebol, herdada pela 777, estava em R$ 594,5 milhões, de acordo com o último balanço financeiro divulgado pela SAF. a dívida vem diminuindo ano após ano e desafogando o Cruzmaltino.
Estar entre as cinco maiores receitas do Brasil
Jorge Salgado falou em aumentar drasticamente a receita do clube e chegar em algo em torno de 350 ou 400 milhões ao fim de seu mandato. Em 2022, ano do último balancete fornecido pela SAF, o Vasco fechou a temporada com receita de R$ 47,4 milhões. O documento levou em conta os cinco meses em que a 777 esteve à frente da gestão. O valor soma-se aos R$ 72,3 milhões arrecadados pelo clube no primeiro semestre do ano passado.
Isso significa que o vasco está ainda muito longe de ter uma das cinco maiores receitas do futebol brasileiro, o que acumula mais uma promessa não cumprida pelo agora ex-mandatário.
Alcançar 150 mil sócios torcedores
Com a pandemia dificultando a situação financeira dos torcedores e com os novos planos de sócio implantados em 2023, o número de associados caiu muito e hoje essa realidade está completamente distante do clube.
Implantar a reforma de São Januário
A reforma de São Januário não saiu do papel ,mas certamente houveram avanços ao longo da gestão. O Vasco conseguiu, junto à Prefeitura do Rio, assinar o projeto de potencial construtivo, que está em votação na Câmara de Vereadores. Caso aprovado, o clube terá os recursos necessários para seguir com a obra, mas o projeto de reforma precisa ser o mesmo que acompanha a Lei. Agora, a situação fica nas mãos de Pedrinho.
– Durante esses três anos a gente batalhou muito pela reforma de São Januário. Vocês acompanharam o processo, eu tive várias entrevistas com o Eduardo Paes, ele sempre dizia pra mim que não tinha dinheiro, mas que ia ajudar. Finalmente, no final do ano, ele mandou o decreto para a Câmara de Vereadores, esse decreto vai viabilizar a reforma de São Januário. Provavelmente o Vasco vai fazer a reforma do estádio sem pegar um centavo no banco, sem se endividar e vai ter um estádio moderno, de ponta – disse Salgado na cerimônia de posse de Pedrinho.
Crescimento do futebol feminino
Na “Declaração de Compromissos”, Jorge Salgado estabeleceu a promessa: “Queremos que nossas atletas possam ter uma carreira da mesma forma que os atletas do Futebol masculino tem. Não trataremos a modalidade como um subproduto imposto pelas federações para participação de competições estratégicas. Queremos trazer parceiros para essa modalidade e dar a mesma condição de trabalho que o futebol masculino tem para o melhor desempenho esportivo das nossas atletas.”
Isso não ocorreu. O Vasco Feminino sofre todo dia com a falta de estrutura e pouquíssimo investimento. O clube caiu para a Série C em 2022 e não conseguiu subir no ano passado, um marco negativo na história do Cruzmaltino.
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