O Vasco da Gama, clube com uma das maiores torcidas do Brasil, foi designado como a principal marca do grupo empresarial que assumiu o controle da equipe, conforme divulgado pelo próprio clube. A ideia era que o cruz-maltino se tornasse o “flagship”, ou seja, a marca mais importante, com privilégios em diversos aspectos, especialmente no cenário esportivo.
Essa promessa, pelo menos em parte, parece ter sido cumprida, já que, até o momento, a empresa não demonstrou interesse em adquirir outros clubes, mantendo o foco no Vasco.
No entanto, apesar da garantia de destaque, a atuação dos donos tem gerou questionamentos. Diferente de John Textor, que mantém uma presença constante e ativa no Botafogo, os proprietários do Cruzmaltino têm adotado uma postura mais distante na gestão do clube.
Como foi a passagem da 777 no Vasco?
A passagem da 777 Partners pelo Vasco foi marcada por altos e baixos, culminando em uma situação financeira crítica e na busca por novos investidores. A 777 assumiu o controle do futebol do clube como parte de um acordo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol), mas logo enfrentou dificuldades financeiras e administrativas, levando a uma crise dentro e fora de campo.
A gestão foi criticada por falhas em contratações, dificuldades em reduzir a folha salarial e por não conseguir alcançar os resultados esportivos esperados. Além disso, a 777 acumulou dívidas, incluindo uma com a Matix Capital, e precisou negociar a suspensão de ações judiciais relacionadas a esses débitos. Outro destaque negativo foi o atraso de aportes financeiros prometidos, o que complicou ainda mais o cenário financeiro do clube.
Recentemente, com a intervenção da A-Cap, que assumiu o controle dos negócios da 777 Partners após sua falência iminente, o Vasco começou a procurar por novos investidores. Isso tem sido feito com cautela, para evitar erros semelhantes ao da 777, com o clube priorizando acordos que possam estabilizar suas finanças sem prejudicar ainda mais sua situação.
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