Por: Kaio Machado
Ídolo do Vasco, mas muito além disso. Pedrinho mostrou ao mundo com seu desabafo emocionado, mais uma vez, que os jogadores não são máquinas sem emoções, incapazes de sentir dores. O próprio inclusive, revelou se esforçar além do limite, mesmo com dores, para que pudesse jogar, e mais além, para que não fosse criticado pelas suas lesões.
Para quem não o conhece tanto, o ex-jogador e hoje comentarista fez sucesso no final dos anos 90, começo de 2000. Ídolo do Vasco, ele também passou por clubes como o rival Fluminense, o Santos e o Palmeiras. Este último inclusive com um detalhes especial por ter sido onde o ex-atleta viveu seu pior período emocional, com a depressão.
Pedrinho sempre foi conhecido pelo seu talento, mas também por suas lesões, que atrapalham grande parte da sua carreira, inclusive no Vasco, marcado entre outros fatos pelo icônico gesto contra a torcida do Flamengo no clássico dos milhões, quando colocou o dedo à frente da boca para pedir ‘silêncio’ aos adversários, ele também conviveu com períodos de inatividade devido aos machucados.
Em desabafo, o ex-jogador comentou sobre apelidos mandosos que sofreu, e contou que o fato ‘ajudou’ a piorar sua situação emocional, dando ainda mais força ao início de sua depressão. Ele citou nomes como ‘Podrinho’, como os principais a lhe afetarem negativamente.
O ex-atleta reforçou que mesmo ganhando bem, e em dia no Palmeiras, convivia com a tristeza e os problemas musculares, inclusive fazendo questão de atuar em algumas partidas à força, mesmo estando machucado ou com algum problema físico, sempre mostrando seu empenho. Com isso, Pedrinho nos evidencia mais uma vez uma questão que às vezes nos foge, os jogadores são humanos, sentem dores, sejam psicológicas ou físicas, nem sempre podem demonstrar, mas assim como nós torcedores, eles são humanos.
Algo que não nos parece como verdade ao ver um ídolo pela televisão, imaginamos que pelo dinheiro, fama, talvez não tenham problemas como os nossos. Mas ao contrário, eles são complemamente iguais à nós. Sentem as mesmas coisas. Podem possuir um poder aquisitivo e financeiro acima da média sim, mas isso não traduz com sua mente e seus pensamentos. Valores financeiros ou patrimoniais nem sempre se traduzem em felicidade, exemplo disto é o próprio Pedrinho, como tantos outros que também sofrem com tal doença, entretanto que não tenham a força, ou a coragem para encarar ou expor sua dificuldade.
A mensagem passada por Pedrinho é mais do que importante, é crucial, não apenas pela doença, mas pelo momento vivido também pelos brasileiros, e pelo mundo, muitos precisam combater vários outros problemas, o que consome cada vez mais de si. É necessário dar as devidas atenções à quem precisa, nunca se sabe muito bem quem pode estar passando por isso, alguém a 1 kilômetro de distância, ou ao seu lado.
A depressão é uma doença que pode afetar a qualquer pessoa, seja um bilionário, ou a um trabalhador que recebe seu salário mínimo. É um assunto sério que deve ser tratado com a máxima atenção, a fim de se evitar problemas maiores. Não a subestime.