Por Leonardo Cardoso
No início de junho o Vasco da Gama foi surpreendido pelo pedido de demissão do treinador Zé Ricardo. O mesmo deixou a equipe até então no segundo lugar da Série B em 10 jogos disputados. O treinador que chegou com enorme desconfiança e sem apoio da grande maioria dos torcedores, deixou o clube no seu melhor momento no comando técnico. No estadual houve a eliminação para o Flamengo e as derrotas para os demais rivais, Botafogo e Fluminense. Na Copa do Brasil, eliminação na segunda fase da competição.
O que não devemos discutir hoje são os números de Zé Ricardo, mas os critérios para contratação. O treinador depois que saiu do próprio Vasco em 2018, fez um excelente trabalho no Botafogo assumindo no mesmo ano e depois sendo demitido no final do primeiro trimestre de 2019. Zé Ricardo passou depois por Fortaleza, Internacional e Qatar SC. Todas passagens sem sucesso. E qual foi o critério que o fez retornar ao Vasco? Como chegaram até esse nome de consenso para o inicio da temporada? Zé Ricardo estava ausente do Futebol brasileiro desde 2019 e nunca havia comandado nenhuma equipe na Série B nacional.
+ RECEBA NOTÍCIAS DO VASCO NO CELULAR TOTALMENTE GRÁTIS! CLIQUE AQUI!
Vale destacar que antes de Fernando Diniz, o Vasco trouxe Marcelo Cabo e Lisca, ambos com históricos de acessos na segunda divisão. Sempre com a justificativa de conhecerem os atalhos da competição e os dois deram errado. Um sendo demitido e o outro pediu para sair. Por que o Vasco na mesma gestão mudou o critério? O que pensam quando desejam contratar Mauricio Souza que nunca trabalhou em Série B e muito menos no comando técnico de uma equipe profissional? Como o Vasco define isso? Vale destacar que o departamento de Futebol mudou os profissionais, mas a figura do Presidente se manteve e até onde ele deixa Brazil e sua turma decidirem tudo?
Com SAF ou não, o Vasco precisa parar de ser um ponto de interrogação em suas contratações, seja elas de jogadores, treinadores ou até mesmo dirigentes. Mauricio Souza pode dar super certo e calar a boca de todos os torcedores e críticos. Porém a tendência pode ser pior que os treinadores anteriores. É um risco quando não se estabelece critérios.