Na tarde desta terça-feria (9), o técnico do Vasco Maurício Barbieri, concedeu entrevista coletiva para a VascoTV. Um dos tópicos comentados pelo treinador foi sobre o jogador Luca Orellano. A torcida vascaína gostaria de ver o jovem atuando como um camisa 10 na equipe titular, e Barbieri respondeu sobre isso.
“Cheguei a falar com ele pessoalmente perguntando se ele tinha jogado por dentro. Ele disse que poucas vezes na carreira, que a maior parte da carreira ele atuou aberto. Ele é um jogador que tem muito desequilíbrio quando joga do lado. Mas é um jogado que, por característica física, teria ou terá muita dificuldade de exercer o papel que o (Gabriel) Pec exerce. Para colocar o Orellano próximo daquilo que ele exerce, preciso compensar a equipe de alguma maneira. Ele tem entrado, mas nesse jogo (contra o Fluminense), entendi que não era um jogo que favoreceria ele pelas características. Mas entrou nos outros jogos. Vem crescendo. Tem uma personalidade mais retraída, tímida, mas vem se soltando com os companheiros. Vai ajudar o Vasco ao longo da temporada, sem dúvida.”
Ao ser questionado sobre a presença do argentino nos jogos, o técnico também explicou que um dos motivos do ponta-direita não entrar com frequência nas partidas é por conta de suas características físicas e de jogo.
+ Jogador do Vasco é convocado para período de preparação com a seleção brasileira
“A gente vem trabalhando para desenvolver a questão de ajuda defensiva. Agora, tem uma coisa que é característica. Temos dois jogadores que estão jogando que vai ficar mais fácil de entender. Eu não posso pedir para o Alex o que eu peço para o Pec. Porque o Alex não tem características físicas para fazer o que o Pec consegue fazer com naturalidade. Vale lembrar que no jogo contra o Palmeiras, o Alex precisou ser sacrificado porque o Palmeiras fazia uma saída com três, segurando o Marcos Rocha. Então, o Alex teria a vida facilidade, só que nesse jogo o time mudou. Não veio com o Marcos Rocha e fez uma construção com três, só que com o Piquerez. Com isso, soltou o lateral-direito e o Alex precisou correr atrás dele. É uma situação que não tinha como prever antes do jogo começar. Por isso, por mais que tente desenvolver algumas coisas com o Luca (Orellano), tem coisas que ele não vai ser capaz de me entregar. Preciso de sabedoria para criar uma maneira de jogar para potencializar aquilo que ele tem de bom e expor ele menos vezes ao que ele não tenha de tão bom.”
Por fim, o treinador falou sobre a disputa entre Orellano e Gabriel Pec, já que ambos atuam na mesma posição, e respondeu sobre a possibilidade dos atletas atuarem juntos.
+ Siga as redes sociais do Papo na Colina: Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Tiktok e Google News.
“Tem um outro ponto: o Luca joga essencialmente aberto do lado direito. Nós temos outro jogador que joga aberto também por ali que é o Pec, que hoje é o jogador que mais tem participação em gol da equipe do Vasco. Podem jogar os dois juntos? Em algumas circunstâncias, sim. Em outras, preciso fazer uma escolha. É natural. Não é Luca sim ou não. Para o Luca entrar, tenho que modificar a equipe. Existe uma dinâmica, um sistema e uma engrenagem. E tem também o processo de adaptação. É jovem e jogou a carreira inteira no Vélez. Nunca tinha saído. Para ele, tudo é novo. O clube é novo, o país é novo, a pressão é nova. É um menino que quando chegou, era completamente introvertido. Não é que ele não sorria, ele não abria a boca. Hoje ele sorri, ele brinca com os companheiros. Está se soltando e o jogo dele vai se soltando também”.