O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou o arquivamento do processo movido contra Dimitri Payet, acusado de supostos crimes de violência física, psicológica e sexual. A decisão ocorre em meio a um momento conturbado para o francês, que também vê sua passagem pelo Vasco se aproximar do fim.
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Decisão do MPRJ aponta ausência de provas contra Payet
Após meses de análise, o MPRJ concluiu que as provas apresentadas pela acusação não sustentam uma denúncia formal contra o jogador do Gigante da Colina. A promotoria destacou a ausência de laudos técnicos, testemunhas e indícios objetivos que comprovassem as acusações feitas pela advogada Larissa Ferrari, com quem o francês manteve um relacionamento extraconjugal.
De acordo com o parecer, as conversas entre os dois demonstravam um relacionamento consensual, inclusive com práticas sexuais não convencionais, como o sadomasoquismo. A promotoria também considerou que o envio voluntário de fotos e vídeos íntimos por parte de Larissa contradiz a tese de coação.
Apesar da decisão do MPRJ, o processo ainda depende de avaliação do Procurador-Geral de Justiça, que poderá manter ou reverter o pedido de arquivamento.
Insatisfeita com a decisão, a defesa de Larissa Ferrari recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e anexou um novo laudo psicológico, elaborado pelo especialista Leonardo Vannucci, que aponta agravamento de quadros como transtorno ansioso-depressivo e instabilidade emocional em função do relacionamento com Payet.
Em declarações nas redes sociais, Larissa criticou a condução do caso:
“Usou meu transtorno mental como se eu fosse doente a esse nível antes… Vai simplesmente fugir? Que o Dimitri era um frouxo eu já tinha percebido”.
Por outro lado, a defesa de Payet não se manifestou publicamente, mantendo silêncio desde a divulgação do parecer do MPRJ.
Vasco busca rescisão antecipada com camisa 10
Enquanto o processo judicial se encaminha para um possível encerramento, a diretoria do CRVG avalia a possibilidade de antecipar a rescisão contratual com Payet, cujo vínculo expira em 31 de julho. O francês possui um dos maiores salários do elenco, girando em torno de R$ 1,3 milhão mensais, o que pesa no orçamento do Cruz-Maltino.
Com apenas 17 jogos disputados na temporada, sendo quatro como titular e nenhum gol marcado, além de se recuperar de uma lesão no joelho, Dimitri foi liberado para viajar à França e resolver questões pessoais.
O Gigante entende que a saída antecipada poderia aliviar a folha salarial e abrir espaço para novas contratações na próxima janela de transferências. Segundo o CEO Carlos Amodeo, o objetivo é que a rescisão ocorra de forma amigável, como já aconteceu em casos recentes envolvendo Souza e Manuel Capasso.
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