O maior símbolo da maior conquista do Vasco sofre uma ameaça de sair de São Januário, isso devido a dívidas com dois atletas do basquete que faziam parte do clube entre 2018 e 2019 entraram na justiça pedindo valores que os mesmos disseram ter direitos.
Por Alexsandro Andrade
Para receber tais valores, estes atletas solicitaram a penhora da Taça da Copa Libertadores de 1998, entre outros bens.
Tratam-se de ações dos atletas Nicholas Nathaniel Okorie, mais conhecido como “Nick Okorie”, que foi funcionário do Vasco no período entre outubro de 2018 e abril do ano seguinte, com o salário de R$16 mil. Já o outro atleta é Luiz Paulo Cecílio, conhecido como “Lupa”, que defendeu o clube entre agosto de 2018 a junho de 2019.
“A penhora dos bens do clube réu, em especial os troféus da Libertadores da América, na forma do artigo 659 do CPC, no endereço constante da inicial, devendo ser penhorado. É necessário informar que o clube réu apenas cumpre a obrigação de garantir a execução, através de retirada de guia, quando há penhora de um único bem, qual seja, os troféus que estão na sede do clube, valendo ressaltar que os demais bens que porventura foram penhorados, o Réu deixa proceder ao leilão, pois repõem o bem com um novo, causando com isso demora em garantir a execução, uma vez que alguns bens não são arrematados em futuros leilões”, alegou a defesa dos jogadores nas ações.
Entre os encargos, os atletas pedem verbas rescisórias, pagamento de férias, 13º, depósito do FGTS e multas. A defesa dos atletas solicitou um ofício para bloqueio de crédito nas mãos de terceiros.
Sendo assim, foi pedido para que a Rede Globo estivesse à disposição deste juízo a importância futura ou imediata que seria repassada ao clube, a título de cotas de tv referente aos Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil de anos anteriores. Pedido este também feito para a CBF e FERJ, solicitando crédito ao Vasco a títulos de metas e premiações nos Estaduais e Nacionais.
“Consigne-se que o clube executado não possui quaisquer valores a receber por intermédio da Ferj, já que receitas a serem por ele auferidas em razão do contrato de transmissão em TV Aberta do Campeonato Carioca 2021/20222, firmado com a Televisão Record Rio de Janeiro Ltda., deverão ser pagas por esta diretamente ao clube”, é a resposta da Federação carioca à Justiça.
Nick Okorie já havia solicitado o bloqueio de contas do clube em novembro de 2020, porém as contas do Vasco estavam zeradas.
Questionado pela reportagem do UOL, o Clube respondeu que não fará comentários em ações judiciais ainda em andamento.