A crise financeira do Vasco ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (5). Credores trabalhistas acusam o clube de ter modificado, de forma unilateral e sem aviso prévio, o plano de recuperação judicial (RJ) já acordado. A principal queixa é a retirada de uma cláusula que permitia novas adesões ao sistema de mediações, considerado um ponto-chave no pacto firmado.
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Segundo representantes da comissão de credores, a alteração foi feita “na surdina” e fragiliza a segurança do acordo. A insatisfação é tamanha que já há ameaças de rejeição ao plano na assembleia marcada para os próximos dias. Caso isso aconteça, a situação do clube pode se complicar ainda mais, com risco de falência sendo cogitado.
Atualmente, o Vasco contabiliza quase 600 credores, sendo 257 apenas de natureza trabalhista, e um passivo estimado em R$ 1,4 bilhão. A reunião ocorrida no último dia 1º de setembro entre a comissão e os advogados cruzmaltinos terminou em clima tenso, sem qualquer avanço no entendimento.
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Em resposta, o clube defende que as alterações realizadas são “normais e necessárias”, alegando que o objetivo é garantir tanto a viabilidade econômica da instituição quanto o pagamento efetivo das dívidas.
O impasse, no entanto, ameaça travar a condução do processo. Para os credores, a conduta do Vasco mina a confiança no pacto estabelecido e pode inviabilizar a aprovação do plano.
Com a pressão aumentando, o destino da recuperação judicial cruzmaltina segue em aberto e deve ter novos capítulos decisivos nas próximas semanas.
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