O estabelecimento de uma nova liga e, portanto, uma espécie de revolução no modelo do futebol brasileiro, especialmente para as Séries A e B, é um tema que já está em pauta desde Maio do ano passado, quando foi criada a Libra. Entretanto, a ideia inicial não agradou a todos, e novas vertentes surgiram com a premissa de dar aos clubes, como o Vasco, o poder de organizar o futebol brasileiro.
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A Liga do Futebol Brasileiro – Libra – foi fundada na primeira metade de 2022 por Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, RB Bragantino e Cruzeiro. Essa nova organização, que tinha a Cadajas Sport Kapital (CSK) como representante, propunha uma nova liga que dividisse os contratos de transmissão da seguinte maneira: 40% de valores fixos, 30% por perfomance esportiva e 30% por audiência. Com reuniões entre os clubes sendo feitas na CBF, outras 11 instituições aderiram ao projeto da Libra. Entre elas, o Vasco.
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Apesar da Libra ter tido a adesão da maior parte dos clubes grandes, rapidamente começaram as divergências. Liderados pelo Atlético-MG, outros clubes, que viam a divisão proposta pela CSK como injusta e como forma de manutenção das injustiças de distribuição financeira do campeonato resolveram criar uma outra liga: A Liga Forte Futebol. Em busca de uma divisão mais justa nos valores dos contratos da liga, a LFF – representada por XP, LiveMode e Alvarez & Marsal – já nasceu com 26 clubes e espelhou sua proposta inicial nas principais ligas europeias: 45% em valores fixos, 30% por perfomance e 25% pela audiência. Além disso, o valor máximo estabelecido para diferença de receitas entre clubes seria de 3.5x.
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Recentemente, as coisas mudaram mais e a LFF ganhou ainda mais força. Ainda em negociação, a Liga de 26 clubes tem negócio em termos avançados com a Serengeti, fundo estadunidense, e a LCP, empresa brasileira, para controlarem as negociações comerciais da nova liga no valor de quase R$5bi, além de terem mudado a proposta de divisão para 50/25/25. Entretanto, a proposta quer mais times para concretizar o negócio, o que pode balançar um pouco toda a divisão que há.
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A Libra, por outro lado, tem uma proposta do mesmo valor por 20% da liga feita pela Mubadala, fundo de Abu Dhabi, mas ainda mantendo valores controversos na divisão. Ambas as ligas ainda discutem novas formas de negócio, mas o fato é que a LFF parece estar numa posição melhor por ter a maioria dos clubes ao seu lado, enquanto a Libra tem os clubes mais poderosos. A adesão de clubes como Vasco, Botafogo, Cruzeiro e Grêmio, membros da Libra que continuariam sendo alvos de maior injustiça na distribuição dos valores, seria fundamental para a concretização da nova liga da LFF. Portanto, todo esse trâmite deve ganhar novos capítulos nos próximos meses, com o Vasco sendo um possível protagonista.
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Por Caio Azevedo