Para reduzir gastos, clube já desligou 186 funcionários
Na última sexta-feira, dia 12 de março, o Vasco anunciou diversas medidas do plano de reestruturação do clube, que já vem acontecendo nas últimas semanas também no departamento de futebol, mas desta vez afetou quase todos os setores do clube. Entre elas, as mais criticadas estão a demissão de 186 funcionários e a mudança de sede administrativa para o Centro do Rio de Janeiro.
Por: Rick de Castro
Com a queda para Série B do Campeonato Brasileiro e a consequente perda de R$ 100 milhões de reais, nas estimativas do clube, a nova diretoria do Vasco já admitia publicamente a necessidade de cortes severos do custo do clube e foram postos em prática. Cerca de 28% dos funcionários do clube foram demitidos, com redução de 35% da folha salarial do clube no valor de R$ 40 milhões. Para não sofrer mais ações judiciais, o clube pagou os salários atrasados e rescisões destes funcionários, além de oferecer o serviço de uma empresa para recolocação profissional. Além disso, departamentos esportivos que não têm receita própria para o funcionamento próprio foram fechados, assim como parte da sede do Calabouço, que passará por avaliações estruturais. Por último, o clube também transferirá a sede administrativa do clube para um escritório no Centro do Rio sem custos de aluguel, visando uma melhor estrutura de trabalho e se adiantando para o período de reforma de São Januário, em que esta mudança teria que ser feita. O Vasco também fez a troca do seu departamento jurídico, saindo o escritório de Paulo Reis, advogado do Vasco há décadas.
Enquanto as demissões de funcionários aconteciam, o clube também reduz a estrutura do departamento de futebol, com demissões de preparadores físicos (substituídos por um trazido por Marcelo Cabo), jogadores mais caros do elenco como Benítez, Pikachu, Fernando Miguel, Leo Gil, entre outros foram inicialmente afastados, economizará mais de R$ 8 milhões de reais nos cofres do clube durante o ano, podendo ainda aumentar com outras saídas que estão sendo negociadas.
Apesar de ser considerado estritamente necessário dentro do clube e pelas empresas consultoras do clube, essas mudanças foram criticadas entre a torcida e parte da oposição. A demissão dos funcionários, principalmente, foi o maior foco de lamentação, por conta do já grande desemprego vivido no país, o que dificulta a recontratação destes por outras empresas, agravado ainda mais pela pandemia do Covid-19. Alguns setores da torcida também criticaram a mudança de sede administrativa do clube, o que consideram uma “elitização” do clube.