Convivendo com a pressão de ser filho de Romário desde que começou no futsal, Romarinho admitiu o desejo de voltar ao Vasco e marcar seu nome na história do Gigante. O atacante também falou sobre a comparação com o pai, que é tratado como algo ruim para ele.
– Ele me orienta muito, jogamos pelada às vezes, ele com 54 anos ainda faz umas coisas… vejo como se posiciona, como toca na bola, ainda é diferente. As comparações são ruins, porque se erro é o dobro, e se acerto tem uma ressalva que nunca serei tão bom igual ele. Mas como já escutei tanto, hoje não faz mais diferença – , confessou o jogador ao site ESPN.
Tendo passado por Tupi, Figueirense, Maringá, Zweigen Kanazawa (Japão), Brasiliense e Vasco, hoje veste a camisa do Joinville e se lamenta por desperdiçar as chances que teve no Cruzmaltino por problemas extracampo.
– No Vasco fora de campo não fiz o que tinha que fazer, não fui certo. Jorginho me colocou para jogar e não aproveitei. Moleque, 21 anos, não tinha amadurecimento para saber o que estava vivendo, eu saia com amigos, clube ficava sabendo, discutia, minha personalidade forte batia com alguns. Se tivesse a cabeça que tenho hoje em 2015, poderia estar até hoje lá. Sonho um dia voltar para o Vasco e marcar meu nome na história.
A realidade do jogador é a disputa da série D e a briga pelo estadual. O atleta sonha com um feliz retorno ao Vasco, para isso o ponta evita alguns conselhos do pai.
-Meu pai, como foi craque, o melhor que já teve, era mais fácil pra fazer essas besteiras, chegava no campo e se garantia. Então os conselhos dele são um pouco complicados, ele fala tenho que fazer as coisas mesmo, o que der na cabeça e se seguir assim é complicado, porque nunca vou fazer igual ele. Como sou ponta, como volto para marcar ele fica bravo, fala que estou longe da área. Então alguns conselhos têm que filtrar.
Por: Iago Xavier