O Papo na Colina vai entrevistar nesta terça-feira (22), às 20h30, o deputado federal Tarcísio Motta, a deputada estadual Dani Monteiro e a também deputada e ex-chefe da Polícia Civil Martha Rocha. A proposta é discutir a polêmica decisão que manteve a interdição do estádio de São Januário. A transmissão da live ocorre no YouTube oficial do portal.
Na última semana, os três parlamentares saíram em defesa do estádio de São Januário e da comunidade Barreira do Vasco. No dia 11 de agosto, Dani e Tarcísio publicaram uma nota pública criticando a decisão do Tribunal de Justiça do Rio. O deputado federal também organiza um abaixo-assinado que será encaminhado ao MP.
“Não há como não achar que a decisão do TJ-RJ tenha cunho racista, e esteja além de punindo a Instituição Vasco, esteja punindo a ‘cultura do favelado’(…) Para além de tudo, as consequências de tal punição já estão sendo sentidas no bolso e na mesa de tantos trabalhadores e trabalhadoras da Barreira do Vasco”, diz um trecho da nota pública divulgada pelos deputados Tarcísio Motta e Dani Monteiro.
Na quinta-feira (17), Martha Rocha solicitou uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) para discutir a situação do clube. O pedido contou com a assinatura dos deputados Alan Lopes e Dani Monteiro.
“Queremos entender as causas que impedem o livre exercício das práticas desportivas no seu estádio. O clube foi punido por quatro jogos sem torcida pelo STJD em razão do tumulto do jogo contra o Goiás, mas a punição já foi cumprida”, disse Martha Rocha.
Entenda o caso
Interditado há quase dois meses, o estádio – quase centenário – vive um impasse com a justiça do Rio de Janeiro. Inicialmente punido por 30 dias após o tumulto ao final da partida entre Vasco x Goiás, válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, São Januário segue proibido de receber torcedores por conta de uma ação do Ministério Público. Na peça, um texto do magistrado do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, Marcelo Rubioli, citou a Barreira do Vasco para “contextualizar a total falta de operações no local”. O trecho causou revolta entre vascaínos e moradores da região.
“Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”, afirmou o juiz.