O Jogo desta quinta-feira (19) contra o CSA, no Rei Pelé marca o reecontro do volante com seu ex-clube. O jogador vem se destacando junto a Andrey, seu companheiro de posição.
Líder em desarmes do time na temporada, Yuri fala sobre família vascaína, trabalho de Emílio e desejo de ficar no Vasco.
Na madrugada desta última quarta-feira um grupo de torcedores que aguardavam a chegada do time no saguão do Aeroporto Internacional de Maceió, receberam o time e homenagearam o volante com latidos. O pitbull, como o volante foi carinhosamente apelidado pelos vascaínos, vive momento único na temporada defendendo o clube do coração.
Nesta quinta-feira, às 20h, ele entrará em campo para seu 28º jogo com a camisa do Vasco em 2022. Do outro lado estará o time que ele defendeu e teve destaque nas temporadas 2018 e 2021. Foi como líder em desarmes do CSA na última Série B que Yuri chamou atenção do clube carioca no início do ano. Oito meses após a contratação, o volante ainda está em lua de mel com o torcedor.
– Eu não esperava. Na minha carreira inteira ninguém nunca tinha latido para mim ou feito esse gesto como a torcida do Vasco faz. Era o que eu queria, assim que eu assinei com o Vasco eu queria ir bem e ser abraçado pela torcida. Eu chego a me arrepiar, porque não tem sensação melhor do que ver uma massa tão grande como é a do Vasco, uma torcida tão presente, latir para mim quando eu roubo uma bola. Espero que eles possam repetir isso por muito tempo – disse Yuri
Em entrevista concedida no hotel onde o time está hospedado em Maceió, Yuri falou sobre uma possível renovação, sua parceria com Andrey e sobre o fanatismo de sua família ao Vasco da Gama.
– Não tem nada ainda, minha vontade todo mundo sabe. Eu sou vascaíno, sou feliz aqui, estou sendo feliz aqui. O foco agora é o acesso, procuro até evitar pensar nisso, porque realmente o foco maior é a gente subir. Com o dever cumprido, a gente começa a pensar nessa possibilidade, pensar em ficar – destacou o volante.
-A maioria da minha família é vascaína, a pressão foi muito grande quando eu cheguei, assim como a felicidade. Ai de mim se eu jogar mal, a cobrança vem de casa e já começa pela esposa. Eu também me cobro muito. A pressão é dobrada.
E sobre o Emílio, o volante ressaltou o que de fato acontece e qual a sensação de trabalhar com o treinador:
– Ele tem a confiança de todos os jogadores e confia na gente. É um cara sensacional, conhece o grupo e os jogadores da base. Está no Vasco desde o início do ano, sabe o grupo que tem nas mãos. Não sei o que vai acontecer, mas ele tem a confiança e está mais do que provado que é um cara que pode nos levar ao acesso.
Thiago Rodrigues é mais um jogador a reencontrar o seu ex clube. O goleiro e o volante jogaram juntos no CSA em 2021 e hoje dividem os holofotes em São Januário. Assim como acontece com Yuri, a renovação do contrato de Thiago é tratada como prioridade pelo departamento de futebol, apesar das conversas não terem sido iniciadas ainda. O meio-campista considera o goleiro peça-chave para a boa campanha que o Vasco faz na Série B.
– Eu já conhecia o Thiagão desde o ano passado e ele não mudou nada no Vasco. É o nosso Batman da Colina, um cara que nos passa muita confiança, se não fosse por ele a gente não estaria nesta colocação, porque ele já nos salvou bastante em várias ocasiões. É um dos líderes do grupo e espero que possa ir bem também nesse reencontro com a torcida do CSA. Uma vitória vai nos ajudar bastante – afirmou Yuri.
Perguntado qual o momento mais louco que viveu com o Vasco esse ano, Yuri comentou:
Tem vários. Quando a torcida foi no treino aberto em São Januário foi uma coisa muito bonita. Quando a gente ganhou do Cruzeiro também ficou marcado pra mim, com mais de 60 mil pessoas no Maracanã, e a gente ganhou do líder. Na bola parada eu fico no meio de campo e, nesse jogo, eu ficava olhando em volta, era muita gente e eles não paravam de cantar um minuto, a gente tentava se comunicar e não conseguia. Fico muito feliz de estar vivendo isso.