Em junho, rolou um vídeo muito maneiro de um garoto de 8 anos reencontrando a mãe depois de ficar 16 dias em coma e nesse mesmo período, o Vasco não apresentava um bom momento no Campeonato Brasileiro. A história de Gui, e o Vasco se cruzaram de um jeito incrível. Desde aquele registro, o pequeno Gui virou tipo um talismã para o Gigante da Colina, que começou a melhorar no Brasileirão.
O Gui tem uma doença rara chamada epidermolise bolhosa, que faz a pele criar bolhas com o menor toque. Isso acontece por causa de uns problemas nas proteínas que seguram as camadas da pele.
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Como já falado, o vídeo, que teve seu “BOOM”, mostrava Gui acordando de um coma causado por pneumonia, e nisso ficou famoso nas redes sociais e chegou até os jogadores do Vasco. Fanático pelo Cruzmaltino, recebeu a visita de uns jogadores, tipo Gabriel Pec, Figueiredo e Rodrigo Dinamite, filho do ídolo Roberto Dinamite. Além deles, os vascaínos também começaram a mandar muitas mensagens pra mãe do Gui, mostrando apoio.
O Vasco não ficou de fora. Logo depois que o Gui saiu do hospital, ele foi visitar o CT, acompanhou um treino, conheceu os jogadores e ainda ganhou uns presentes, como: camisas e chuteiras do Pedro Raul, que era atacante do Vasco na época.
Depois de uma punição do STJD pro Vasco, que deixou o time sem torcida em quatro jogos, o Gui apareceu no jogo contra o Atlético-MG, no Maracanã. Na ocasião, Gui entrou em campo com o Gabriel Pec, que virou seu “tio”. E o Vasco venceu o jogo.
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Desde então, ele esteve em mais dois jogos do Vasco, viu o time ganhar do Fluminense e golear o Coritiba. Depois desse último jogo, ele encontrou os jogadores e o técnico Ramón Diaz na saída do vestiário.
No aniversário de 9 anos dele, o Gui teve uma festa com o Gabriel Pec, o Edmundo e o Rodrigo Dinamite. Além disso, o amuleto vascaíno ainda ganhou uma reforma no quarto dele, que agora é todo decorado com o Vasco.
Mas a história do Gui não mexeu só com o Vasco e a torcida. A Assembleia Legislativa do Rio aprovou uma lei chamada “Lei Gui”, que cria um programa de assistência pra todos com epidermolise bolhosa na rede pública de saúde. Isso significa que o governo do estado vai dar uma pensão pra quem tem a doença ou pros responsáveis legais e também vai garantir atendimento prioritário na saúde pública.
A ideia dessa lei veio da mãe do Gui, que sugeriu pelo aplicativo do LegislAqui da Alerj. O Gui tava lá na hora da votação, vestindo a camisa do Vasco, claro.
“Esse projeto não vai beneficiar só o Gui, mas também 58 pacientes em tratamento no estado. Até o Gui nascer, eu não tinha conhecimento dessa doença. Os curativos e custos relacionados à doença são muito caros e o acesso à equipe multidisciplinar é muito difícil. O Gui tem nove anos, mas tem o tamanho e o peso de uma criança de cinco, por isso precisa de uma suplementação especial. Ele perde muitos nutrientes por conta da cicatrização, o que impede ele de crescer”, disse Tayane.
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Gui também está prestes a receber uma homenagem especial da própria torcida do Vasco. O Coletivo 98 está atualmente preparando um bandeirão que contará com a imagem do dele, ao lado de outras duas crianças apaixonadas pelo Vasco: Heitor Lopes Azeredo, um menino de 10 anos que é cadeirante, e Manoela, uma menina que desempenhou um papel fundamental na campanha de divulgação do uniforme em homenagem aos “Camisas Negras”.
O bandeirão trará ainda a frase “enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal”, eternizada pelo ex-presidente do Vasco, Cyro Aranha. A confecção da bandeira será viabilizada por meio de um financiamento coletivo promovido pela própria torcida.
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