Torcedores de ambas as equipes brigaram entre si antes, durante e depois da partida
Luiz Nascimento
A derrota de ontem do Vasco para a Ponte Preta foi manchada por uma briga de torcidas no Moisés Lucarelli. Para a diretoria cruzmaltina, a falta de planejamento por parte da AAPP pela briga. Logo após o primeiro gol pontepretano, o jogo ficou paralisado por oito minutos por conta de uma briga entre a torcida do Vasco e a da Ponte. Uma pessoa ficou ferida.
Em nota, o Vasco classificou a falta de algum dispositivo de segurança para proteger seus torcedores como “inadmissível”. O fato que mais chamou a atenção foi a falta de uma barreira adequada para a separação das duas torcidas, o que causou o confronto, após o portão que deveria fazer esta separação ter se rompido.
Também foi alvo de críticas do Vasco a falta de segurança (seja por meio de seguranças particulares ou policiais militares) entre as torcidas. Após o jogo, também houve tumulto, quando não foram seguidos os protocolos padrão. A torcida do Vasco, que era a visitante, foi liberada imediatamente quando a partida acabou, quando o padrão é segurar a torcida visitante, após a torcida do time da casa esvaziar os acessos.
O Vasco ainda informou que 2 mil ingressos foram disponibilizados para seus torcedores e vendidos antecipadamente e que a AAPP não se planejou adequadamente para a situação. Cabe ressaltar que durante a semana, torcedores da Ponte Preta ameaçaram a torcida do Vasco, e além disso, dentre os dois mil vascaínos, havia membros da torcida Mancha Verde, do Palmeiras, que é aliada à principal organizada cruzmaltina, a Força Jovem, que no entanto, está proibida de frequentar estádios.
Confira abaixo a nota oficial do Vasco:
O Club de Regatas Vasco da Gama vem a público lamentar os graves incidentes ocorridos na noite desta terça-feira durante a partida A.A. Ponte Preta x C.R. Vasco da Gama, válida pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Os 2 mil ingressos destinados à nossa torcida estavam vendidos com antecedência, o que deveria ensejar um planejamento operacional e de segurança adequada para a partida, o que claramente não ocorreu.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo corretamente escoltou os ônibus com os torcedores do Vasco desde a chegada à Campinas até o estádio e repeliu a tentativa de aproximação hostil da torcida local ao local acesso da torcida visitante na área externa do estádio. A saída do estádio ocorreu de forma desordenada, sem que os protocolos habituais de segurança de responsabilidade do mandante fossem observados, e obrigaram a Polícia Militar a agir novamente para impedir a aproximação hostil de torcedores locais da área de evacuação da torcida visitante.
Infelizmente o que se viu durante o primeiro tempo da partida foi decorrente da falta de policiamento e segurança particular alocados na área interna do estádio para isolar o setor visitante dos torcedores locais. Após o primeiro gol da Ponte Preta houve o início de hostilidades quando o portão da grade que separava os dois setores foi rompido, da área local para a área visitante, tendo início um lamentável conflito, só paralisado com a chegada do policiamento.
A falta de dispositivo de segurança para garantir a separação e segurança dos torcedores locais e visitantes verificada na noite de ontem no estádio Moisés Lucarelli é inadmissível. Em todos os jogos em que o Vasco da Gama joga como visitante nesta temporada, sua torcida tem lotado os setores a ela reservados, sem que se tenha registro de incidentes.
O Club de Regatas Vasco da Gama repudia qualquer ato de violência, seja de quem for, e se coloca à disposição das autoridades e da CBF para colaborar para que sejam esclarecidos os lamentáveis incidentes ocorridos no estádio Moisés Lucarelli e evitar que voltem a acontecer.