O Vasco da Gama, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, foi oficialmente colocado à venda. A informação bombástica veio à tona após uma nova investigação do site norueguês “Josimar Football”, revelando que a 777 Partners, empresa que controlava a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube, enfrenta graves problemas financeiros e está prestes a declarar falência. Desde maio deste ano, a 777 foi afastada judicialmente da gestão do Vasco e de outros clubes, sendo substituída pela seguradora A-CAP, que agora tenta desesperadamente encontrar novos investidores para o time carioca.
A crise que assola a 777 Partners atingiu níveis alarmantes, forçando a A-CAP a colocar à venda todos os ativos de futebol que pertenciam ao conglomerado. Além do Vasco, clubes de destaque como Genoa (Itália), Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha) e Melbourne Victory (Austrália) também estão no mercado. Até mesmo um luxuoso iate de US$ 1,8 milhão e um jato particular de US$ 20 milhões, que eram utilizados pelos executivos da empresa, estão sendo negociados para tentar cobrir as dívidas crescentes.
O processo de venda e o futuro do Vasco
Segundo a reportagem, a A-CAP já iniciou diálogos com o Vasco e vem conduzindo um estudo de viabilidade para atrair novos investidores. Contudo, encontrar compradores dispostos a adquirir clubes em meio a um processo judicial tão complexo tem se mostrado uma tarefa árdua. O principal obstáculo à venda do Vasco e dos demais clubes é um processo movido pelo fundo inglês Leadenhall. Esse fundo entrou com uma liminar nos Estados Unidos para bloquear a venda de ativos da 777, alegando que qualquer negociação durante o litígio seria ilegal.
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No caso do Genoa, por exemplo, o CEO Andrés Blazquez já havia confirmado que a divisão de esportes da 777 está sendo encerrada. Ele revelou que “três ou quatro” empresas mostraram interesse no clube italiano, mas a venda ainda não foi concretizada devido às dificuldades legais enfrentadas pelo grupo. O único clube com uma negociação mais avançada é o Red Star FC, da França, que pode ser adquirido por Steve Pagliuca, dono da Atalanta (Itália) e coproprietário do Boston Celtics (NBA).
Dificuldades e impactos no futebol
Os problemas financeiros da 777 têm afetado diretamente o desempenho dos clubes sob sua gestão, incluindo o Vasco. Em maio deste ano, a A-CAP foi forçada a pedir um empréstimo de US$ 40 milhões para manter os times funcionando, sendo que o montante foi cedido por uma empresa de Todd Boehly, dono do Chelsea. No entanto, Boehly não tem interesse em comprar os clubes da 777, deixando o futuro dessas equipes ainda mais incerto.
A atual situação financeira da 777 Partners, somada aos processos judiciais e a dificuldade em encontrar compradores, levanta grandes incertezas sobre o futuro do Vasco. Sem novos investidores, o clube pode enfrentar uma nova crise administrativa e esportiva, algo que preocupa profundamente seus torcedores.
O que esperar agora?
Com a venda iminente do Vasco e de outros clubes, o futuro da gestão do time carioca parece incerto. Se a A-CAP conseguir encontrar um novo dono, isso pode trazer um novo fôlego financeiro para o clube. Entretanto, a batalha judicial envolvendo a 777 e o fundo Leadenhall pode atrasar ainda mais qualquer negociação, prolongando o período de instabilidade.
A torcida vascaína, preocupada com o que está por vir, aguarda ansiosamente por um desfecho positivo para o clube. A única certeza no momento é que o Vasco está oficialmente no mercado, e a esperança é que um novo investidor traga estabilidade para o Gigante da Colina, tanto dentro quanto fora dos gramados.
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