Por: Rick de Castro
Em levantamento feito pela revista Isto É, Vasco é o clube com a terceira maior dívida com o Governo Federal, com R$ 256,5 milhões, sendo superado apenas por Atlético-MG – R$ 356,5 milhões – e Corinthians – R$ 737,7 milhões -. Botafogo, com dívida de R$ 251,6 milhões, e Flamengo, com dívida de R$ 224,2 milhões, vêm logo em seguida.
Por conta dessas dívidas com a União e o não pagamento do PROFUT de fevereiro a dezembro de 2019, quando saiu a última matéria comentando o assunto, o Vasco sofreu com penhoras sobre premiações e cotas de TV referentes ao Campeonato Brasileiro de 2019, o que impediu o clube de quitar seus atrasos de salário. O clube entrou em acordo, pagou cerca de R$ 3,5 milhões à vista e dividiu o resto em 80 parcelas de R$ 500 mil.
Em levantamento feito pelo banco Itaú BBA em 2016, caso optasse pelo parcelamento em 120 parcelas, o Vasco pagaria R$ 2,75 milhões por mês ou R$ 33 milhões anuais; caso optasse por pagar em 204 parcelas, seriam cerca de R$ 1,62 milhão por mês ou R$ 19,4 milhões por ano. Os atrasos de pagamentos das parcelas do PROFUT, além de atrasos em recolhimentos de impostos e tributos pelo clube, aumentam essa dívida, portanto são valores já desatualizados, mas servem de base para saber quanto o clube precisaria pagar para resolver sua dívida a longo prazo.
Como quase a totalidade das receitas a receber até o meio do ano já foram adiantadas, o clube se vê obrigado a vender atletas jovens em breve a fim de pagar suas dívidas com o governo e também salários de funcionários e atletas.
Com a forma de pagamento de cotas da TV atual, em que são pagas parte no começo do campeonato e a maior parte apenas no final do campeonato, o clube sofre com problemas de fluxo de caixa, em que tem mais dinheiro a receber do que contas a pagar, mas nem sempre tem o dinheiro na mão por adiantamentos ou porque o pagamento ocorre apenas no fim do ano, enquanto salários e dívidas vencem mensalmente.