Ex- técnicos brasileiros com passagens pelo futebol catari também apontam São Paulo, Santos e Cruzeiro como opções
Por: Bruno Serrano
Em matéria especial para o jornal “Estadão”, o Vasco aparece como um dos clubes que se encaixam no perfil ideal para receber investimentos do mundo árabe. Na reportagem feita por Eugenio Goussinsky, o ex-técnico da seleção brasileira e da seleção do Catar Sebastião Lazaroni citou o Vasco como um dos clubes que poderiam despertar o interesse do país e ainda apontou a torcida do xeque catar (Tamim bin Hamad al-Thani) ao cruzmaltino.
“A família real adora futebol, o xeque, pelo que sei, é vascaíno. Acredito que o Vasco e o Cruzeiro são alguns clubes que poderiam despertar o interesse deles no momento”.
Outro entrevistado, o técnico René Simões, também com longas passagens pelo país, acredita em um projeto com resultados a curto prazo em clubes já tradicionais como prioridade aos investidores.
“Se eu conheço um pouco da personalidade do xeque e de outros membros da família real, eles vão investir em um clube grande. Querem ganhar. Não querem projeto para cinco anos. Tem de ser um clube com repercussão internacional. Na França, por exemplo, eles foram em uma equipe de porte local, o PSG, buscando justamente títulos e conquistas internacionais”
Em resumo, o perfil apontado é de um clube com sérias dificuldades financeiras, mas que consiga se reestruturar e buscar títulos em pouco tempo. Em troca, os árabes buscam utilizar a sua paixão pelo futebol como uma estratégia diplomática para desvincular a péssima imagem ditatorial atrelada à eles, como explicou em entrevista, o economista Denis Rappaport, mestre pela Duke University (EUA).
Denis também projetou o modelo que os investidores adotariam no Brasil. Similar ao utilizado no Manchester City, teria o foco apenas no futebol.
“Provavelmente a forma de investimento seria pela separação do departamento de futebol de outros setores dos clubes. Assim, seria criada uma empresa responsável pelo futebol que passaria a ter todos os direitos econômicos e deveres ligados a esse departamento”, explica o economista.
Vale lembrar que na última segunda-feira (29), o presidente Jorge Salgado assinou o pedido de constituição da Sociedade Anônima do Futebol e deu mais um passo para que o Vasco se torne clube-empresa. Baseado na lei das Sociedades Anônimas do Futebol aprovada este ano no Brasil, a decisão é um facilitador para que empresas consigam ser responsáveis pela gestão de futebol do clube e passará pelos Conselhos Deliberativos e dos Beneméritos, respectivamente, para aprovação.
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