VP jurídico Zeca Bulhões comenta possibilidades da medida
Por: Gabriel Ramos
Durante entrevista ao canal “A Voz do Vascaíno”, o vice-presidente jurídico do Vasco Zeca Bulhões abordou variados temas sobre a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Segundo o dirigente, a medida pode ser um marco na história do clube principalmente pela força e engajamento da torcida vascaína.
Para o VP, a medida combinada ao potencial de envolvimento da torcida, pode ser fundamental para o futuro do clube.
“Então o Vasco tem todas as condições, se tiver os instrumentos de mercado adequados, para conseguir fazer crescer a sua atividade, com a força da sua torcida e com a responsabilidade, com todos os instrumentos que a lei oferece, dando segurança, governança, transparência, para o exercício da atividade do futebol, por meio de uma entidade empresarial, uma sociedade. Entendo que a gente está em um momento de transformação do mercado brasileiro”.
Após a solicitação ao Conselho Deliberativo para início dos estudos para implementação da SAF, a Diretoria Administrativa já colocou em prática as primeiras medidas. Para estruturação da parte jurídica da proposta, um renomado escritório de advocacia foi contratado pelo clube. Zeca Bulhões confirmou a informação durante a entrevista.
“Isso tudo está sendo estudado, a gente contratou recentemente um escritório de advocacia para nos auxiliares nos estudos jurídicos. Vocês podem ter certeza que tudo o que for feito, vai ser feito com a maior segurança jurídica possível, para que a gente time a decisão da melhor maneira”.
Segundo diversos relatos em redes sociais, um dos maiores temores da torcida, é a perda da identidade do Clube ao se tornar uma Sociedade Anônima. Entretanto, o VP jurídico vascaíno garante que a nova lei já previne o clube neste sentido.
“Textualmente na lei, você prevê três matérias que dependem da concordância do Clube, desde que ele tenha pelo menos uma ação ordinária classe A, que são: alteração do nome, modificação do símbolo, marca, hinos, cores e mudança de sede para outro município”.
Segundo esta afirmação, situações como as ocorridas em clubes como o Bragantino ou Oeste-SP, em que os clubes adotaram o nome de uma empresa ou migraram sua sede para outros municípios, estão vetadas pela nova lei sancionada em agosto de 2021.
Zeca Bulhões destacou diversos aspectos positivos da proposta. Ele acredita que a lei pode revolucionar o futebol brasileira.
“A gente entende que a SAF é um bom caminho para conseguirmos pagar dívida e investir na atividade (Futebol). Isso é primordial para um mercado que, nos próximos quatro anos, a gente não sabe como vai estar, porque a lei da SAF vai causar uma revolução muito grande no futebol brasileiro”.