Após notícias veiculadas na imprensa sobre que o Vasco teria aceitado o contrato de televisionamento do Campeonato Carioca de 2023, o clube soltou agora há pouco uma nota oficial dizendo que não irá assinar o acordo com a empresa Brax, nos termos estabelecidos. Na nota, a diretoria questiona um suposto privilégio que a FERJ deu ao Flamengo, que aceitou receber uma cota de R$ 18 milhões, enquanto Botafogo e Vasco iriam receber R$ 9 milhões, além de cutucar o clube rubro-negro no caso da prorrogação do acordo de uso temporário do Maracanã. Em um parágrafo, o Vasco diz que a diretoria do Flamengo ainda não entendeu que futebol não se joga sozinho.
+ Siga as redes sociais do Papo na Colina: Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Tiktok e Google News.
Com isso, o Vasco pode ter a chance de se fazer valer da Lei do Mandante, e assim, vender seus jogos como mandante no Carioca do ano que vem com qualquer emissora interessada ou até fazer suas próprias transmissões. Porém, caso chegue à final do torneio, o clube de São Januário pode perder 75% de sua premiação, que seria repartida aos clubes que aceitaram o acordo. Cabe ressaltar que o Fluminense também não deve assinar o contrato da FERJ e está buscando canais interessados em exibir suas partidas. Ironicamente, a Lei do Mandante foi criada em 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro atendendo justamente a um pedido do Flamengo, cujo presidente Rodolfo Landim é apoiador declarado.
+ Siga as redes sociais do Papo na Colina: Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Tiktok e Google News.
Confira abaixo a nota oficial:
“Depois de confirmar a veracidade de notícias veiculadas nos últimos dias, o Vasco da Gama informa que não assinará o contrato de transmissão do Campeonato Carioca 2023 nos termos apresentados pela FERJ e sua empresa parceira.
Não aceitaremos acordos em que não haja justa e correta distribuição de valores e tomaremos todas as medidas cabíveis, nos âmbitos esportivo e jurídico, para garantir nossos direitos.
+ Confira as notícias do Vai e vem do Vasco
O Vasco lamenta profundamente a postura da diretoria do Clube de Regatas do Flamengo, que parece ainda não ter entendido que futebol não se joga sozinho.
Não é a primeira vez que o rival recebe vantagens indevidas nos bastidores. Foi assim, por exemplo, nas inusitadas, seguidas e inexplicáveis prorrogações do acordo temporário de permissão de uso do Maracanã.
Acreditamos que o futebol brasileiro só será sustentável economicamente quando houver clareza e justiça nas negociações, pilares que garantirão a igualdade de condições esportivas e que tornarão perene o interesse do público sobre o espetáculo.”
Por Luiz Nascimento