Sem aporte de um investidor há cerca de um ano e meio, o Vasco da Gama deve iniciar 2026 ainda na expectativa de concretizar a venda de sua SAF. Embora o interessado não seja um nome desconhecido nos bastidores do futebol, trata-se de um agente novo no recente histórico de possíveis compradores do clube.
Marcos Faria Lamacchia, filho de José Roberto Lamacchia, negocia diretamente com a diretoria liderada por Pedrinho, que atualmente detém o controle da SAF vascaína. O empresário de 47 anos conta com o apoio e o entusiasmo do pai para avançar na negociação. A informação foi publicada inicialmente pelo jornalista Lucas Pedrosa.
Marcos é filho de Lamacchia com uma das herdeiras do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, fundador do Banco Real, falecido em 2020. De perfil discreto, o empresário mantém uma atuação independente das empresas do pai e, consequentemente, de Leila Pereira, atual esposa de José Lamacchia e presidente do Palmeiras. Ainda assim, a família Lamacchia tem papel relevante nas tratativas com o Vasco.
Desde o início do processo judicial que resultou na retirada do controle da 777 Partners até a homologação da recuperação judicial, Marcos Lamacchia acompanhou de perto todos os passos da diretoria cruz-maltina. Em 2011, ele fundou a Blue Star, gestora financeira de fundos de investimento. Ao longo da carreira, também atuou como diretor da Crefisa por vários anos e trabalhou no banco Alfa, outra instituição fundada por seu avô.
O Vasco e a família Lamacchia foram procurados pela reportagem do ge, mas optaram por não comentar o assunto. Marcos, inclusive, está em viagem de férias fora do Brasil.
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Novo empréstimo no radar
Diante da necessidade de reforçar o fluxo de caixa, a tendência é que o Vasco recorra a um novo empréstimo do tipo DIP (Debtor-in-Possession), modalidade destinada a empresas em recuperação judicial, no início de 2026. Mais uma vez, a Crefisa surge como principal candidata a fornecer os recursos à SAF.
Recentemente, o clube captou R$ 80 milhões por meio desse tipo de operação junto à Crefisa, com previsão de que o montante se esgote em janeiro. Por isso, o avanço na negociação da venda da SAF é visto como fundamental para dar maior estabilidade financeira ao Vasco.
Situação acionária da SAF
Atualmente, a divisão acionária da SAF vascaína está distribuída da seguinte forma:
- 30% pertencem ao clube associativo;
- 31% pertencem à 777 Partners, adquiridos por meio de aportes desde 2022;
- 39% seguem em disputa na arbitragem.
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Para que essa parcela em discussão possa ser negociada, será necessário um acordo entre as partes ou uma decisão judicial favorável ao Vasco.
Enquanto isso, o clube segue buscando alternativas para manter suas operações e atravessar o período de transição até a definição do futuro da SAF.
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