Clube não tem intenção de vender mais de 90% das ações para manter pode de veto em possíveis mudanças
Em entrevista ao GE, o presidente Jorge Salgado mostrou alguns pontos da possível SAF do Vasco, que irá entrar em votação num futuro breve. O projeto do clube é manter, no mínimo, 10% das ações. O valor é proposital, para que ainda exista o poder de veto em mudanças de visual, como nome, escudo, camisa, hino e sede.
“Temos absoluta confiança no gigantesco potencial do Vasco e da nossa imensa torcida. Retendo uma participação acionária maior teríamos a oportunidade de participar de outras rodadas de captação de investimentos, como, por exemplo, em caso de abertura de capital (IPO). Além disso, o CRVG também poderá ter uma participação maior na distribuição dos dividendos, para auxiliar no custeio de suas atividades. Evidentemente, a participação final do CRVG na SAF terá definição a partir de um equilíbrio dos interesses do investidor e do clube” – Disse Jorge Salgado.
Outro ponto é permanecer com as sedes oficiais do Vasco fora do contrato de SAF e assim, estabelecer um “aluguel” para que o time use São Januário, por exemplo. Assim, o time teria fluxo de caixa e manteria os esportes olímpicos. Decerto, o Vasco também pede idoneidade dos futuros investidores, sem que nenhum tenha problemas com a justiça brasileira:
“Um ponto chave no projeto da SAF é garantir a sustentabilidade econômico-financeira do CRVG sem o futebol. A estruturação da SAF, portanto, deve assegurar o pagamento das dívidas do CRVG. Com isso, o CRVG, livre de dívidas, poderá financiar as demais modalidades esportivas com recursos públicos (oriundos de loterias federais) e recursos incentivados (via Lei de Incentivo ao Esporte), que são as principais fontes de financiamento dos esportes olímpicos”.
Investimentos na base, CT e competitividade no futebol do Vasco
Em suma, Salgado também disse que, por contrato, estabelecerá que investimentos sejam feitos nos CT’s da base e profissional. Decerto, a ponta maior do projeto é transformar o Vasco, novamente, em potência do cenário nacional. Portanto, não será uma base apenas para vender jovens e sim, um time para brigar por tudo que disputar:
“As principais premissas para a elaboração do projeto SAF são: recuperação da capacidade de investimento no futebol, equalização da dívida clube e preservação do espírito vascaíno. Com relação ao futebol, o Vasco está estudando mecanismos para garantir investimentos substanciais no futebol, para que a Vasco SAF possa ser protagonista em todas as competições que disputar. Uma das exigências será, sem dúvida alguma, ter um time competitivo à nível nacional e internacional.
Os estudos também preveem investimentos em infraestrutura para o futebol. O Centro de Treinamento Moacyr Barbosa (futebol profissional) e o CT da Base, em Duque de Caxias, devem receber investimentos necessários para a conclusão de seus projetos. Importante dizer que todo o processo será conduzido com absoluta transparência, com diálogo franco e aberto com os torcedores, associados e Poderes do clube. E que, em última instância, a decisão final será tomada pelos sócios do Vasco, reunidos em Assembleia Geral”.
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