Em uma movimentação importante no cenário do futebol brasileiro, o Vasco da Gama anunciou a suspensão de sua ação judicial contra a 777 Partners, empresa norte-americana que controlava o clube, por um período de 90 dias.
Essa decisão foi tomada em conjunto com a seguradora A-CAP permitindo um período para negociações. A intenção é alcançar um acordo que evite a continuação do litígio. Esse movimento indica uma tentativa de resolver conflitos e estabelecer uma cooperação mais sólida entre as partes envolvidas.
“A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama, no seu compromisso com a transparência e com a defesa do clube, informa que as conversas com A-Cap, atual mandatária da 777 Partners, avançam no sentido da colaboração para que os interesses vascaínos sejam atendidos.”
“Para isso, a ação, em trâmite perante a 4a Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deverá ser suspensa em comum acordo entre as partes por 90 dias. Tal medida visa dar ainda mais estabilidade e tranquilidade para a VascoSAF tanto para as suas operações diárias como para a perspectiva de um futuro à altura da história vascaína.”, diz nota da diretoria do Cruz-maltino.
Contexto
A ação judicial, iniciada pelo Vasco, estava relacionada a desentendimentos sobre cláusulas contratuais e obrigações financeiras. A 777 Partners, que adquiriu a maioria das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco, estava sendo contestada por supostos descumprimentos contratuais.
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O acordo de suspensão temporária surge como uma oportunidade para ambos os lados discutirem e resolverem suas diferenças sem a pressão imediata de uma decisão judicial.
O presidente do Vasco, Pedrinho, declarou recentemente em uma coletiva que existem negociações em curso para a venda do futebol do clube. A diretoria recebeu sinais de interesse tanto de investidores nacionais quanto internacionais e considera que a ação contra a 777 foi benéfica até o estágio atual, com um acordo firmado com a seguradora responsável pela “massa falida” do antigo parceiro do Vasco.
A diretoria liderada por Pedrinho também procura estabelecer com os possíveis compradores uma filosofia de projeto esportivo e uma maior participação nas decisões estratégicas. Uma das críticas do presidente do Vasco à 777 era a ausência de ambição por títulos, citando acordos de bônus pela permanência na primeira divisão em algumas negociações.
Importância do Acordo
Para o Vasco, a suspensão da ação permite que o clube mantenha um diálogo aberto com seus controladores e busca garantir estabilidade financeira e administrativa. Por outro lado, para a 777 Partners, a pausa no processo legal oferece a chance de reafirmar seu compromisso com o projeto de longo prazo no clube carioca.
Atualmente, sabe-se que as exigências de pagamento à vista e os valores anteriormente estipulados pela 777 Partners não existem mais. O antigo dono do futebol do Gigante da Colina queria US$ 120 milhões (cerca de R$ 600 milhões), além do restante previsto no contrato firmado com o Vasco, o que representava um compromisso de negócio de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Próximos Passos
Durante os próximos 90 dias, espera-se que ambas as partes aproveitem para negociar termos que possam fortalecer a parceria. Essa janela de tempo é crucial para determinar o futuro da relação entre Vasco da Gama e 777 Partners. Caso não haja um consenso, o litígio poderá ser retomado, potencialmente impactando negativamente o planejamento esportivo e financeiro do clube.
Essa decisão representa um momento de reflexão e possível reestruturação nas relações internas do Vasco da Gama, com a esperança de que os próximos meses tragam soluções positivas para todos os envolvidos.
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