De acordo com levantamento do jornalista Rodrigo Capelo do ge.com, baseado nos balancetes trimestrais que apenas 10 clubes da série A divulgaram, o Vasco foi único clube que não aumentou sua dívida no primeiro semestre de 2020. Além disso, de acordo com o balancete do clube, o Vasco teve um superávit no exercício de R$ 6,858 milhões de reais.
Por Rick de Castro
Neste período, em que clubes perderam receitas em diversas frentes (sócio-torcedor, perda de patrocínio, bilheteria, atraso em pagamento de cotas de tv etc.), foi prática comum dos clubes pegar empréstimos para manter o seu fluxo de caixa seguro contra um período de paralisação sem um fim determinado. Foi o caso do Flamengo, por exemplo, que contraiu R$ 40 milhões em empréstimos logo no começo da paralisação. Além disso, entra também nessa conta de dívidas as contratações de jogadores, dívidas trabalhistas e cíveis etc.
Os 3 clubes que mais aumentaram suas dívidas neste primeiro semestre foram Corinthians, em R$ 237 milhões, Cruzeiro, em R$ 180 milhões, e Flamengo, em R$ 163 milhões. Já os 3 que menos aumentaram foram Vasco, Grêmio, em R$ 1 milhão e Fortaleza, em R$ 4 milhões.
Os balancetes trimestrais não foram ainda auditados por empresas externas, prática necessária para o lançamento do balanço anual, mas é possível analisar as finanças do clube no período.
De acordo com o balancete do segundo trimestre do Vasco, o clube recebeu efetivamente (descontado impostos, descontos e outro abatimentos) R$ 87,955 milhões de reais. O orçamento previsto para 2020 era de R$ 324 milhões, mas o clube já havia informado em seu balanço publicado já durante a pandemia que este valor precisaria ser revisto, já que boa parte das receitas de televisão e premiações só serão pagas em 2021. Entretanto, seguindo este caminho superavitário nas finanças, o clube terá passado pela tempestade do Covid-19 bem.