O Canal do Pedrosa teve acesso exclusivo a um vídeo que contradiz a versão oficial da arbitragem sobre a polêmica expulsão do goleiro Léo Jardim, na partida entre Vasco e Internacional. As imagens mostram que o fisioterapeuta do clube, Eduardo Calçada, tentou prestar atendimento ao jogador, mas foi impedido por um dos assistentes de arbitragem, o que coloca em xeque o que foi registrado na súmula pelo árbitro Flávio Rodrigues.
+ Pedrinho se reúne com banco para discutir venda da SAF do Vasco
Léo Jardim – Vasco x Internacional — Foto: Dikran Sahagian/Vasco
Na súmula, o juiz alega que o goleiro simulou uma lesão para retardar o reinício da partida e, mesmo advertido, recusou-se a se levantar. O documento afirma ainda que ele permaneceu caído durante todo o procedimento de substituições e que teve tempo suficiente para ser atendido, mas não o fez. No entanto, o vídeo obtido com exclusividade mostra que Eduardo Calçada se dirige a Léo Jardim para realizar o atendimento, mas o assistente faz um gesto claro impedindo sua entrada, orientando que ele aguardasse o fim das substituições. Pouco depois, o árbitro se aproxima de Léo Jardim, aplica o segundo cartão amarelo e o expulsa da partida.
A ausência do médico do Vasco também foi explicada. Segundo apurou o Canal do Pedrosa com a assessoria do clube, o doutor Gustavo Caldeira estava atendendo o lateral Lucas Piton, que sentiu dores e foi substituído em seguida. Com isso, coube ao fisioterapeuta realizar o atendimento a Léo Jardim, o que não aconteceu por conta da intervenção do bandeira.
Após o episódio, o Vasco divulgou um exame de imagem que comprova que Léo Jardim apresentava hematomas musculares profundos e uma contusão na região da bacia, reforçando a necessidade de atendimento médico imediato. Ainda assim, a Comissão de Arbitragem da CBF manteve a versão de que o goleiro “não quis atendimento”, mesmo diante das evidências contrárias.
+ Vasco tenta repatriar jogador após pedido de Fernando Diniz
Léo Jardim é expulso em Internacional x Vasco — Foto: Reprodução
A gravação revela uma contradição entre o que foi relatado na súmula e o que de fato aconteceu em campo, aumentando a pressão sobre a Comissão de Arbitragem e levantando questionamentos sobre a condução do caso. Eduardo Calçada afirmou que foi impedido de entrar em campo pelo assistente, o que explicaria a falta de atendimento mencionada pelo árbitro. A situação reacende o debate sobre a transparência e a responsabilidade da arbitragem no futebol brasileiro.
+ Siga as redes sociais do Papo na Colina: Thread, Bluesky, Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Tiktok e Google News
