De um lado, Nenê e do outro, um velho conhecido da torcida cruzmaltina: Diego Souza.
Luiz Nascimento
Vasco x Grêmio é um dos maiores confrontos do futebol brasileiro. Os dois clubes inclusive, chegaram a disputar a primeira Supercopa do Brasil, em 1990. E é claro que a reunião destes gigantes do esporte é um dos jogos mais esperados da maior Série B da história. No entanto, o jogo de logo mais, às 20h, terá um tempero extra: o reencontro da torcida vascaína com Diego Souza, após a negociação frustrada no fim do ano passado, deixando em dúvida a recepção das arquibancadas.
Diego sempre foi querido pelos vascaínos e foi uma das estrelas do Trem Bala da Colina que foi campeão da Copa do Brasil em 2011. O então meia saiu no ano seguinte, mas sempre deixou claro que queria voltar ao Vasco, coisa que nunca aconteceu. Em um intervalo de nove anos, o jogador passou por Cruzeiro, Sport Recife, Fluminense, voltou ao Leão da Ilha, onde virou atacante, foi vendido ao São Paulo e emprestado ao Botafogo, até voltar ao Grêmio em 2020, depois de 13 anos.
Após o rebaixamento em 2021, Diego Souza foi comunicado que não teria o contrato renovado, mas o Tricolor Gaúcho voltou atrás e renovou por mais um ano. Neste intervalo, o Vasco tentou contratá-lo e apresentou uma proposta aproveitando o movimento da torcida, que lançou a campanha #OrelhaNoVasco. A enorme mobilização não conseguiu sensibilizar o atacante. O sentimento após mais uma recusa irritou os torcedores cruzmaltinos, que tiveram o afeto correspondido com Nenê.
Ao contrário de Diego Souza, a saída do atual camisa 10 do Vasco para o São Paulo em 2018 chateou a torcida, ainda mais com o Cruzmaltino na Libertadores. A coisa piorou quando o meia foi para o Fluminense em 2019. A estreia pelo Tricolor da Laranjeiras foi justamente contra o Vasco, em São Januário e Nenê foi bastante vaiado e hostilizado.
Mesmo com a moral em baixa com o torcedor, o veterano decidiu voltar para o Vasco, que estava em situação bastante delicada na Série B, em setembro do ano passado. O meia forçou a barra para deixar o Fluminense e ainda aceitou uma redução salarial para se adequar à realidade financeira cruzmaltina.
Veteranos e decisivos, Nenê e Diego Souza estarão frente a frente. Um terá todo o apoio e carinho que a torcida vascaína pode dar. Já o outro deve sofrer as consequências por não ter retribuído o afeto dos vascaínos.