Pablo Vegetti chegou no Vasco da Gama na metade do ano passado e já se tornou um grande ídolo da torcida. O centroavante veio do Belgrano, da Argentina, com a missão de salvar o Gigante da Colina de um trágico rebaixamento em 2023. E conseguiu. Logo no seu primeiro jogo, gol da vitória contra o Grêmio. E foi assim até o restante da competição.
E vem sendo assim até hoje. Vegetti é a grande referência da equipe vascaína e vive um grande momento, marcando gols e inclusive se tornando capitão do time desde que Rafael Paiva assumiu o comando da equipe. O atacante concedeu entrevista para o ge e explicou todo o processo de sua vinda ao Vasco e adaptação a cultura brasileira:
— Foi muito, muito fácil. Eu falo que se a família está bem, eu estou bem. Eu trabalho tranquilo, jogo tranquilo, viajo tranquilo. Chego em casa e a gente não tem problema. É muito difícil quando você está bem no clube e chega em casa e a família não pode se adaptar. Mas se está tudo bem, me dá muita tranquilidade para fazer meu trabalho. Eu falo com eles o tempo todo e eles estão muito felizes aqui, querem ficar por muito tempo.
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Mas tudo é diferente. O jogo, a língua, os costumes…
— Eu acho também que quando as coisas vão bem dentro do campo é muito mais fácil. A gente aqui chegou num momento ruim, onde a exigência era muito alta, mas nem todas as experiências são iguais. A princípio o que mais me custou foi o ritmo de jogo, que é muito mais intenso, mais dinâmico. Com o passar do tempo eu fui me adaptando, mas são muitos jogos seguidos. Isso foi o mais difícil, eu tive que mudar muitos hábitos de alimentação, de recuperação, de descanso, mas foi rápido.
Como foi a negociação para vir ao Vasco?
— Eu amo o Belgrano, acho que foram cinco anos muito especiais para mim, dentro e fora do campo. Com seis meses que eu cheguei ao clube, coloquei a braçadeira de capitão. Joguei a Série B lá, com a exigência de que o time tinha que subir. Foi muito desgastante e eu achava que era um momento legal para sair. Para estar no Belgrano, ser capitão e dar o máximo dentro e fora do campo, eu tinha que ter uma energia muito alta. Eu estava um pouco esgotado de toda essa trajetória que a gente fez no clube. A gente foi campeão, subiu para a Série A, permaneceu na Série A, eu pude sair goleador da Série B e da Série A com o clube.
— Claro, sempre vão ficar coisas por cumprir, mas eu achava que era um momento para sair, para renovar minha energia, meus objetivos. Foi difícil, mas eu estava muito convencido de sair. A gente começou a olhar outras opções, tinha o América-MG, num momento apareceu o Vasco, depois o Vasco caiu, voltou a aparecer no final da janela. Falei com os dirigentes do Belgrano, falaram um valor, falei para o Vasco. Tudo foi muito rápido. Era o momento de trocar de ares.
Você chegou no fim da semana e já estreou com gol. Você conhecia algum companheiro de time?
— Cheguei quarta e no domingo fui para o jogo. Eu lembro que no gol contra o Grêmio, quando sai a jogada, vem o cruzamento do Pec e eu faço o gol. Eu sou muito de agradecer a quem faz a assistência ou de comemorar o gol com quem faz a assistência. Nesse momento eu não sabia quem era, então foi assim, foi um abraço (faz o gesto e ri). Mas eu não sabia quem era. Foi um momento muito engraçado, porque olhava e não conhecia ninguém.
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