O Vasco da Gama vem buscado, junto à Prefeitura do Rio de Janeiro, aumentar o potencial construtivo de São Januário. Em entrevista ao LANCE!, Jorge Salgado explicou porque a medida é tão importante para o clube. Segundo o presidente do Vasco, a quantia obtida pela venda desse potencial construtivo só poderá ser utilizado para a reforma de São Januário, de forma integral:
– Quando definirmos o potencial de construção, vamos ao mercado vender o crédito e quem compra normalmente são construtoras que precisam construir em lugares da cidade um pouco acima do gabarito. Então, pegam o meu crédito, me pagam para construir numa outra área. Eu recebo esse crédito para fazer a reforma de São Januário. Esse crédito é carimbado para reforma, não posso pagar dívida, não posso contratar jogador e nem nada. O dinheiro será alocado 100% para fazer a reforma.
Salgado também explicou os trâmites que faltam para a medida ser aprovada:
– Para viabilizar isso, a prefeitura precisa fazer um decreto, que vai para a Câmara dos Vereadores para aprovação. O documento está pronto, tem uma outra operação de crédito de construção, que está em fase final, e as duas operações vão entrar juntas para serem aprovadas, e aí sim vou ao mercado vender o crédito. Entre parênteses, está praticamente vendido, então só falta o decreto entrar na Câmara dos Vereadores e ser aprovado. Está encaminhado, vai acontecer, espero que seja no meu mandato, mas se não vou entregar isso para o próximo presidente.
Uma das perguntas mais comuns da torcida vascaína é: “De onde vai vir o dinheiro para a reforma de São Januário?”. Uma das alternativas poderia ser o investimento da 777 Partners, dona de 70% do futebol do clube ou de outros investidores externos. Mas, segundo Jorge Salgado, boa parte da quantia necessária para a obra pode vir da venda desse crédito de construção:
– Existem empresas interessadas, visitei algumas, e não vejo nenhum problema, pelo contrário, acho que temos uma demanda maior do que aquilo que temos para vender, então estou absolutamente tranquilo em relação a isso. O projeto do estádio é para 43 mil lugares e um custo de produção atualizado de em torno de R$ 500 milhões mais ou menos. O valor a ser ganho com o potencial construtivo chega muito perto disso, e qualquer coisa que falte a gente tem margem de manobra, de camarotes para vender, uma série de alternativas.
O Vasco espera que o atual prefeito do Rio de Janeiro e vascaíno declarado, Eduardo Paes, possa vir a ser um aliado importante na busca do aumento do potencial construtivo de São Januário. Com essa condição em mãos, a diretoria do clube poderá negociar com uma empresa interessada em tê-lo para fazer uma construção de grande magnitude no Rio de Janeiro.
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