Zé do Carmo, campeão carioca duas vezes, além do brasileiro em 1989, completa 60 anos neste domingo, 22 de agosto
A carreira do recifense José do Carmo Silva Filho, o Zé do Carmo, começou nas categorias de base do Santa Cruz. Descoberto por um senhor chamado Albuquerque, irmão de Almir Pernambuquinho, também ídolo do Vasco, consagrou-se campeão pernambucano de 1983 ao lado de Ricardo Rocha, outro que teve marcante passagem por São Januário. Pelo “Coral”, Zé do Carmo jogou durante sete anos e conquistou quatro títulos estaduais (83, 86, 93 e 95), tempo e conquistas mais do que suficientes para chamar a atenção do Vasco da Gama.
Vascaíno apaixonado por causa daquele timaço de 1977, esquadra campeã carioca na qual jogou o seu amigo e conterrâneo Ramon, que formava um time sensacional ao lado de Zanata, Wilsinho, Dirceu e Roberto Dinamite, Zé do Carmo conquistou dois campeonatos cariocas pelo Gigante da Colina: 1988 e 1992. No entanto, o próprio atleta considera que o seu auge foi com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1989, por ele capitaneada.
Zé do Carmo tinha um estilo bastante peculiar, e além dos títulos conquistados, ficou marcado por declaração que deu após sequência de cinco vitórias consecutivas sobre o grande rival:
No dia 26 de novembro de 1988, o Vasco derrotou a Seleção da Dinamarca por 1 a 0, com gol e dancinha de Zé do Carmo:
Ao todo, Zé do Carmo, volante com “v” maiúsculo (como bem classificou Ricardo Rocha e escreveu o companheiro jornalista da Tribuna do norte, Felipe Gurgel, em novembro de 2013), vestiu a camisa do Vasco da Gama em 95 jogos e anotou 5 gols. O recifense ainda teve passagens pelo Acadêmica de Coimbra, Santa Cruz (retorno), CRB, Ituano e Uniclinic.
Na Seleção Brasileira, convocado após as ótimas atuações com a camisa cruzmaltina, Zé do Carmo esteve em quatro oportunidades, e marcou gol sobre a Seleção Peruana em amistoso disputado no dia 10 de maio de 1989, com vitória por 4 a 1:
Foto destacada: Gazeta Press