Ausência de profissionalismo e meritocracia é a principal causa da tragédia vascaína, segundo jornalista
Texto de Felipe França Ferreira
O jornalista Flávio Dias, de longa carreira no jornalismo e de muita precisão no tocante à informação cotidiana do Vasco da Gama, deu o diagnóstico desse corpo enfermo que é o clube.
As razões apontadas pelo jornalista do canal “Atenção, vascaínos!” e do “AV+” foram as seguintes:
“O Vasco é um clube de amigos, um clube de patota, um clube de fechamentos”.
Ou seja, no Vasco as contratações para departamentos e decisões não são feitas com algo que o mundo do trabalho exige cada vez mais: a competência. O clube não vai ao mercado visando contratar pela meritocracia, mas sim pela indicação. Como bem disse Flávio Dias: “os amigos dos amigos”.
Tal postura do Vasco influencia no que se faz dentro das quatro linhas. Por qual motivo alguns jogadores não têm chances como outros que não apresentam rendimento? Seria por alguma amizade interna? Parece que sim. Não dá para acreditar sempre em escolhas ruins por parte de eventuais treinadores.
As palavras de Flávio Dias não são para lançar um olhar negativo sobre este belo e necessário sentimento que é a amizade, mas sim, para alertar para o perigo de suas consequências, que são: a bajulação, essa inimiga da crítica, e a ausência de perfis profissionais que não estejam presos ao organograma nefasto que se arma em torno desse eixo que é a amizade política, a relação por interesses enquanto o clube sangra e vai a passos largos saindo de cena.
A contratação de Alexandre Pássaro, bem como a de muitos atletas do atual elenco, foi por meio de amizade(s). O mercado, bem como isso que chamam de futebol moderno, passa, acima de tudo, por uma referência: o mérito, a qualidade, a capacidade. A amizade fica para depois, talvez só ao final do expediente numa boa conversa. E só.