Aos poucos, o contrato de compra da Vasco SAF pela 777 Partners começa a ser apresentado aos sócios. De acordo com o jornal Extra, o primeiro grupo a conhecer o documento foi a Comissão Especial formada por beneméritos e quatro vice – presidentes que começou a trabalhar ontem. No entanto, eles não serão os únicos.
A diretoria cruzmaltina planeja levar os detalhes do contrato de compra da SAF do Vasco para cada poder do clube: os conselhos Fiscal, Deliberativo e de Beneméritos. Os primeiros encontros ainda devem acontecer nesta semana. O clube ainda estuda a melhor forma de apresentar o contrato aos sócios estatutários, que serão os responsáveis por validar ou não o acordo em Assembleia Geral Extraordinária.
O CD deve se reunir para discutir os detalhes do acordo entre Vasco e os americanos. Desde que a primeira minuta de entendimento foi assinada, em fevereiro, apenas tópicos gerais foram trazidos à público.
Como é de conhecimento público, a 777 Partners irá investir ao todo R$ 1,4 bilhão: R$ 700 mi para a SAF e outros R$ 700 mi serão da dívida do Club de Regatas Vasco da Gama associação civil. Com o contrato completo, os sócios irão analisar pontos como o destino do aporte dos americanos, quanto tempo esse aporte durará e qual proporção. Na proposta vinculante, tal prazo seria de três anos (até 2025), mas isso não se manteve.
Além disso, os sócios devem saber se os objetivos esportivos da 777 existem ou não, em um determinado período. Tópicos como cláusulas de saída também passarão a ser de conhecimento dos associados, isso quer dizer, caso o grupo de investidores não atinja os objetivos, o clube-empresa voltará ao controle da associação.
A partir da assinatura do contrato, os associados também devem saber qual será o destino dos Centros de Treinamento do clube quando a SAF assumir. Apesar de serem patrimônio do departamento de futebol, os terrenos dos CTs Moacyr Barbosa, na Cidade de Deus, e da base, em Duque de Caxias, foram cedidos pela Prefeitura do Rio e Governo Federal, respectivamente, e por isso, não podem ser vendidos para o clube-empresa.
Outro ponto que será discutido é o complexo de São Januário. No contrato assinado em Miami, a 777 acertou um aluguel do estádio. O contrato deve revelar quais são os valores envolvidos e se a praça esportiva será vendida para a SAF, como apresentado na proposta vinculante. Neste documento, a Colina Histórica seria alugada para a SAF por 25 anos, prorrogáveis por igual prazo. O documento também fala da “possibilidade de negociação futura para aporte na SAF, caso efetue reforma, de R$ 300 milhões e aporte de R$ 50 milhões na Associação”.
A venda de São Januário, bem como a da SAF precisa ser aprovada em Assembleia Geral Extraordinária. A previsão é que essa AGE definitiva acontecerá no final do próximo mês, até o dia 23 de julho.
Por Luiz Nascimento