Hoje, 2 de Abril de 2023, o craque e ídolo Edmundo completa 52 anos e o Papo na Colina preparou entrevista especial para esse dia mais do que marcante. O vascaíno Leonardo Chaves Silva, dono do maior acervo de camisas vestidas pelo “animal”, respondeu várias perguntas e só aqui você pode conferi-las.
Foi naquele 2 de Novembro de 1997, vitória do Vasco sobre o Bahia em São Januário por 3 a 1, que começou a idolatria pelo Edmundo, autor de dois gols na partida e craque absoluto daquela inesquecível edição de Brasileirão da qual o Vasco se consagraria campeão sobre o Palmeiras.
Foi a primeira vez do Leonardo em São Januário e o início do que viria a ser uma idolatria irrefreável. Ali nasceu o ídolo para o seu principal, quem sabe, admirador.
Perguntado sobre que lugar ele reserva para o ídolo Edmundo no panteão de craques que o Vasco tem em sua história, Leonardo não titubeou e coloca o Ed atrás apenas de ninguém mais ninguém menos que Roberto Dinamite. Leonardo não leva tanto em consideração os títulos, pois se fosse por esse quesito, o Felipe Maestro estaria acima de todos. Roberto é, então, o grande ídolo vascaíno de todos os tempos, e logo atrás dele vem Edmundo.
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O fato de Edmundo ter vestido outras camisas não exerce peso algum na idolatria de Leonardo. Ele alega que faz parte da liberdade profissional do atleta partir para outros clubes e isso em nada altera sua história em outro.
A carreira de Edmundo, sem surpresas para ninguém, esteve marcada por muitas polêmicas, brigas e discussões, além de muitos gols, títulos e decisões. Uma dessas polêmicas foi a briga constante com o baixinho Romário. Para Leonardo, o eterno camisa 11 do Vasco da Gama até teve uma carreira mais vitoriosa do que a do Edmundo, no entanto, o que fez o “animal” foi mais especial, mais brilhante.
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Dono de muitas camisas vestidas e honradas por Edmundo, Leonardo considera que o Brasileirão de 1997 não foi só o momento áureo de Edmundo com a camisa cruzmaltina, como também de toda a sua carreira.
O melhor ano de sua carreira é também o que o faz ser visto como possível melhor jogador do mundo. Sobre tal ponto, Leonardo coloca seu grande ídolo ao lado do Ronaldo Fenômeno, que na ocasião vestia a camisa da Internazionale, e aponta como injusta o camisa 7 do tricampeão Brasileiro de 1997 não ter estado no Top 3 daquele ano.
Mas, e qual seria o gol mais emociante do Edmundo com a camisa do Vasco? O nosso entrevistado revela que sua resposta pode surpreender, e nos dá detalhes interessantes. O gol mais emocionante de Edmundo com a camisa do Vasco foi o segundo sobre o Sport Recife pelas semifinais da Copa do Brasil de 2008. Leonardo recorda que foi sua primeira vez numa partida noturna, a dificuldade para adquirir ingresso, o aquecimento com torcida organizada, a tristeza de já estar desolado com a já quase certa eliminação no tempo regulamentar, quando Edmundo incendeia São Januário com aquele improvável segundo gol. Contudo, ressalta Leo, quinze minutos após esse histórico gol, Edmundo isolaria um pênalti e o Vasco ficaria de fora da que seria sua segunda final de Copa do Brasil.
Apesar dos seis gols marcados por Edmundo na partida contra o modesto União São João de Araras-SP, Leonardo coloca outra partida como a principal: o jogo 2 contra o Flamengo pelas semifinais do Brasileirão de 97. Nesse jogo, Edmundo marcou três dos quatro gols vascaínos. Foi um verdadeiro show, e que também representou a marca de 29 gols numa edição de Campeonato Brasileiro, durante muito tempo a maior nacionalmente. O terceiro gol, o do drible desconcertante sobre os defensores do rival, imortalizado nas vozes de Luciano do Valle e Galvão Bueno, jamais sairá do imaginário do torcedor vascaíno.
Leonardo não esteve nessa partida, disputada no Maraca, mas assim como para ele, hoje essa camisa é a que talvez seja a mais desejada por um torcedor vascaíno justamente pelo fato de ter sido a da goleada sobre o “Urubu”. Foi a primeira camisa que ele ganhou e cujo tecido conta com autógrafo do ídolo.
Foram sem dúvidas folclóricas as desavenças entre Edmundo e Romário, e sobre isso, Leonardo “não passa a mão na cabeça” de nenhum, e atribui tal disputa à competitividade dos dois e ao perfil de pavio curto de ambos.
São catorze anos colecionando camisas do Edmundo. A histórica camisa Kappa de 97 e a da despedida de 2012, contra o Barcelona de Guayaquil, são as mais queridas por Leonardo.
Deixando uma mensagem de carinho e admiração para o seu ídolo desde a infância, Leonardo é muito grato a quem encantou aquele menininho de apenas nove anos com tantos gols e momentos maravilhosos nas arquibancadas. E espera, de sorriso aberto, reencontrar seu ídolo e que ele autografe suas camisas.
Aqui o nosso parabéns, Edmundo! Feliz aniversário, vida longa e muito obrigado por tudo!