O Vasco apresentou à Justiça uma relação de dívidas com o elenco atual que totalizam R$ 13,2 milhões, referentes a valores atrasados de luvas e direitos de imagem. A informação veio à tona no processo de recuperação judicial do clube, aceito pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital na semana passada.
No entanto, horas após a divulgação da reportagem do ge, o clube se pronunciou negando que haja pendências salariais ou de direitos de imagem com os jogadores. Em nota oficial, a Vasco SAF afirmou que os valores mencionados são de um documento de outubro de 2024 e que os pagamentos estão rigorosamente em dia desde o início da nova gestão.
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Dívida com jogadores: os principais credores
Segundo os documentos apresentados no pedido de recuperação judicial, 17 jogadores do elenco atual têm valores a receber. As maiores quantias são de João Victor, que tem R$ 3,2 milhões em luvas atrasadas, e de Payet, que aguarda R$ 2,2 milhões.
Confira a lista completa de dívidas com os atletas:
Luvas atrasadas
• João Victor – R$ 3.287.500,00
• Payet – R$ 2.235.727,27
• Jean Meneses – R$ 1.439.166,67
• Léo Jardim – R$ 1.132.000,00
• Paulinho – R$ 1.150.000,00
• David – R$ 867.666,00
• Adson – R$ 640.000,00
• Hugo Moura – R$ 550.000,00
• Jair – R$ 311.200,00
• Puma – R$ 349.538,50
Direitos de imagem atrasados
• Coutinho – R$ 550.000,00
• Vegetti – R$ 240.000,00
• Victor Luís – R$ 120.000,00
• Sforza – R$ 87.500,00
• Capasso – R$ 75.000,00
• De Lucca – R$ 69.000,00
• Souza – R$ 160.000,00
No caso de Léo Jardim, os valores estão registrados na planilha de dívidas para sua empresa, LJ20 Gestão e Administração de Bens Ltda, em duas parcelas: R$ 500 mil e R$ 632 mil.

Foto: Leandro Amorim/Vasco
Vasco solicita tratamento diferenciado para jogadores
No pedido de recuperação judicial, o Vasco solicitou à Justiça que os jogadores do elenco fossem tratados como “credores colaboradores”, o que evitaria que seus pagamentos entrassem na fila do processo de recuperação. A justificativa é de que os atletas são “prestadores de serviços necessários à manutenção da atividade empresarial do futebol”.
A juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca acatou o pedido e determinou que os pagamentos de luvas e premiações podem continuar sendo feitos normalmente, sem ficarem suspensos pelo período de reestruturação financeira do clube.
Vasco contesta informações e se defende
Após a divulgação das dívidas, o Vasco emitiu uma nota oficial rebatendo a matéria. Segundo o clube, os valores mencionados são de um documento de outubro de 2024, referente a um processo de mediação, e incluíam quantias vencidas e a vencer.
O comunicado destaca que todos os salários e direitos de imagem estão em dia desde o início da gestão de Pedrinho, e que a atual administração segue reestruturando as pendências deixadas pela 777 Partners.
“Reiteramos que reportagens baseadas em informações desatualizadas induzem os torcedores ao erro e afetam a credibilidade do Vasco e da gestão atual, que tem se empenhado em resgatar a imagem e a transparência do clube.”
O clube ainda pediu que os torcedores acompanhem as atualizações da recuperação judicial pelos canais oficiais do Vasco.
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