Pela terceira vez neste Campeonato Brasileiro, o Vasco chega a uma sequência de cinco partidas sem vitória. A diferença, agora, é o peso: são cinco derrotas seguidas, desempenho que acende um alerta máximo em São Januário. Na Fonte Nova, o Cruz-Maltino foi dominado pelo Bahia no primeiro tempo, viu David ser expulso no momento em que ensaiava melhora e acabou derrotado por 1 a 0. O gol foi marcado por Erick Pulga, que não balançava as redes desde 18 de maio e retornou recentemente após dois meses se recuperando de lesão — emoção que refletiu na comemoração.
Mesmo com a expulsão de Ramos Mingo no fim, o Vasco não conseguiu transformar a superioridade numérica em pressão suficiente, e o Bahia venceu com justiça.
Escalações
Rogério Ceni precisou ajustar a defesa sem David Duarte e optou por Kanu ao lado de Ramos Mingo. Sacou Gilberto e Caio Alexandre, dando espaço para Santi Arias e Acevedo. Everton Ribeiro voltou ao time titular após quase 50 dias fora.
No Vasco, Fernando Diniz não contou com Philippe Coutinho, suspenso. Matheus França o substituiu, enquanto Cuesta e Gómez retornaram. Vegetti começou no banco.
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Primeiro tempo: domínio total do Bahia
O Vasco, acostumado a jogar instalado no campo rival, viveu situação oposta na primeira etapa. O Bahia teve o controle, a posse e o território, além das melhores oportunidades.
Ademir obrigou Léo Jardim a fazer grande defesa após transição iniciada por Acevedo. Kanu furou uma finalização clara na pequena área, Everton Ribeiro teve espaço na meia-lua mas chutou por cima, e Arias assustou após combinação pela direita. Foram quatro ataques claros que quase abriram o placar.
O Bahia variou bem as jogadas: ataques posicionais, contra-ataques e bola parada aérea — sempre levando perigo.
O Vasco mostrou alguma melhora defensiva em comparação ao jogo contra o Grêmio, mas sofreu para reter a posse e sair jogando. A ausência de Coutinho ficou evidente: o time não conseguiu aproximar peças nem encontrar combinações típicas do modelo de Diniz. Gómez apareceu centralizado demais, Rayan ficou isolado pela direita e Nuno Moreira e Matheus França foram praticamente nulos.
Sem apoio dos volantes e com laterais pouco participativos no ataque, o time ainda errou tanto na intermediária ofensiva quanto na defensiva, permitindo finalizações em sequência.
Everton Ribeiro e Acevedo foram os mais influentes do Bahia.
Segundo tempo: expulsão muda tudo
Diniz voltou com David na vaga de Matheus França e deslocou Nuno Moreira para a faixa central. O Vasco se tornou mais combativo, recuperou bolas no ataque e até manteve maior posse. Mas a reação durou pouco.
Léo Jardim precisou salvar novamente após boa jogada de Ademir, e logo depois David foi expulso corretamente ao pisar no tornozelo de Kanu em disputa de bola. A expulsão desmontou o Vasco.
Diniz reposicionou o time em um 5-3-1, com apenas Rayan à frente.
Ceni respondeu sacando Jean Lucas e Everton Ribeiro para colocar Tiago e Michel Araújo, transformando o Bahia em um 4-2-4 agressivo. A pressão aumentou.
Gol do Bahia e reta final tensa
O gol saiu em jogada de escanteio curto pela direita: Ademir tabelou com Michel Araújo e cruzou na medida para Erick Pulga, que atacou as costas de Robert Renan e cabeceou para fazer 1 a 0.
Mesmo após o gol, o Bahia seguiu melhor. Willian José deu lugar a Cauly, enquanto Diniz voltou a mexer buscando força ofensiva: entraram Vegetti e Mateus Carvalho; saíram Robert Renan e Hugo Moura.
A partida parecia controlada para os baianos até que Ramos Mingo, fazendo cera ao ser substituído, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Isso reacendeu o Vasco, que quase empatou em cabeçada de Paulo Henrique.
Nos minutos finais, o Bahia se fechou com Gabriel Xavier e Kanu na zaga, além de Caio Alexandre e Michel Araújo protegendo a área. Conseguiu segurar o resultado e ultrapassar o Fluminense, terminando a rodada provisoriamente em 6º lugar.
O Vasco, por outro lado, pode fechar a rodada em 15º lugar, vivendo seu pior momento na competição.
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