Não acredito que tenha um vascaíno que não esteja acompanhando a Copinha esse ano, aliás, nos últimos anos, não sei vocês, mas eu particularmente tenho sempre acompanhado os jogos da base do Vasco, isso claro, quando eu não tenho nenhum outro compromisso, e assim como eu, acho que muitos vascaínos passaram a ver os jogos da base, o que demonstra também como o futebol profissional tem decaído nos últimos anos.
A Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1992, no qual nós fomos campeões, foi também um marco para o começo de uma reestruturação forte na nossa base de futebol, além de ter revelado o atacante Valdir Bigode, a partir dali, a base do Vasco começou a se aprofundar em revelar grandes talentos para o Brasil, de Felipe e Pedrinho até Phillipe Coutinho e Douglas Luiz nos dias atuais. Se pararmos pra ver, o Vasco tem sempre revelado um jogador para o futebol brasileiro desde que fomos campeões naquela ocasião, fora o que já tinha revelado para o futebol antes, como Roberto Dinamite e Romário. A formação do atleta no Vasco da Gama, sempre foi o nosso ponto forte, além de ser um exemplo de cidadania (o Vasco continua sendo um dos únicos clubes do Brasil a ter colégio e formar não apenas jogadores mas cidadãos)
Sim, sempre haverá um questionamento, se estamos aproveitando bem os nossos garotos, se estamos fazendo bem o nosso dever de casa, na transição deles para o profissional, se estamos vendendo bem os nossos meninos, Tudo isso é importante destacar e sempre questionar a diretoria, mas também é importante entender que nenhum clube, por mais que sem dinheiro, tenha apenas “pontos fracos” e tenha que mudar absolutamente tudo. Muita coisa tem que ser mudada no Vasco, mas uma coisa que eu não mudaria radicalmente seria a formação do atleta, eu melhoraria uma coisa aqui e acolá, mas não mudaria em nada o organismo que forma os atletas.
Nós vascaínos estamos acompanhando a base do Vasco, e muito mais ultimamente, porque dá gosto de ver, por mais que possam haver derrotas, a base do Vasco não deixou de ser Vasco, e nos dá esperança de um futuro melhor, ainda que seja um caminho difícil, ainda que seja um caminho complicado, ainda que tenha muito trabalho, a base nos dá esperança de dias melhores e não seria maravilhoso depois de 30 anos, levarmos essa copinha para casa?
Portanto, eu concluo, sempre dizendo “Não vamos ser tão apressados em jogar pedra em tudo que vem do clube”, por mais que tenhamos um caminho longo pela frente, nós ainda temos motivos para ter esperança de dias melhores, sem dúvida, uma delas é a nossa base. Saudações Vascaínas!
Por Lucas Dumans