Definidos os próximos adversários do Vasco em mais uma vexatória Série B. Dos que estão vindo da Série A, Sport e Chapecoense já eram de conhecimento do torcedor vascaíno. No entanto, a presença confirmada de Grêmio e Bahia colocam ainda mais água no já quente e de péssima qualidade chopp vascaíno.
Se, semanas atrás, quando estávamos cogitando outros clubes a serem nossos adversários nessa quinta Série B, o trabalho já era árduo a ser feito, agora é sabido que o trabalho terá de ser ainda maior, ainda que com o inevitável enfraquecimento do elenco de Grêmio e Bahia. Lembrando que estamos falando em uma Série A com Fortaleza, Bragantino e América-MG beliscando uma vaga na Liberta, então não podemos contar apenas com os considerados grandes a real ameaça. Além de que inúmeros foram os tropeços em 2021 com os times de menor expressão no campeonato, então… Sim, vai ser difícil.
Desde confirmado mais esse ano perdido de 2022, mais um ano de receitas enxutas, mais um ano a ver nossos rivais na elite do futebol e nós nos amargurando no segundo escalão, o que temos de avanço? Digo que, na verdade, pouca coisa. Em aproximadamente um mês, poucas movimentações na contratação do homem do futebol vascaíno, que obviamente é perceptível não ser a praia do presidente, assim como perceptível não ser a praia da gestão como um todo. O acúmulo de funções e responsabilidades do despreparado Alexandre Pássaro, seguido do comportamento da diretoria após sua saída, evidenciam a ausência de conhecimento de futebol hoje no clube.
Verdade é que o retorno do Carlos Brazil tem seus fatores positivos, é um profissional que conhece o clube, conhece o elenco jovem vascaíno, mas que também está em um novo desafio pessoal como Gerente Executivo do futebol do Vasco como um todo. Zé Ricardo é um nome honesto, de um treinador que teve um trabalho honesto no clube. Se fosse um técnico de melhores projeções, fatalmente teria outros projetos interessantes que não o trouxessem ao Vasco. Porém fica o registro de que o Vasco fechou com o técnico e gerente de futebol ainda antes de fechar com o gestor como um todo. Em outras palavras, se o Vasco fosse hoje uma construtora, estaria agora começando uma casa pelo telhado.
A verdade é que ao mesmo tempo que o torcedor quer uma montagem de staff e de elenco correta, obviamente não se sentiria satisfeito com uma montagem às pressas e errônea. Já o problema é que o fracasso em 2021 inflama no vascaíno o desejo imediato de ações de mudança desse cenário, e agora há linha muito sutil entre cautela e inatividade da diretoria. Não que o ano de 2022 já esteja condenado, talvez essa estratégia seja melhor do que o que o Cruzeiro está fazendo agora, já anunciando reforços atrás de reforços, mas se tratando do que temos de concreto após um mês de confirmados na série B, é quase nada.
Se antes tínhamos alguma vantagem na preparação de 2022 em comparação aos clubes recém rebaixados, hoje, pode-se dizer que essa “vantagem” não existe mais. Temos muito pouco de muito a ser feito. E o que o torcedor tem de garantia desse trabalho? Nenhuma, pois a atual gestão assumiu um clube em que o cargo chefe é o futebol, sem saber fazer futebol. Infelizmente, o Almirante está na prancha, e torcendo pra ter algum tubarão embaixo pra pegá-lo. Esse é o retrato do Vasco no dia de hoje.
Por: Ramon Oliveira
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