A ciência a cada dia ganha mais espaço dentro dos campos de futebol. A tecnologia ajuda os clubes a identificar talentos, prevenir lesões, mapear as características de cada adversário e dos seus próprios atletas para que estes possam se desenvolver cada vez mais. Os clubes possuem em sua equipe psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, médicos e profissionais que fazem levantamentos de todos os aspectos do jogo, desde a questão física até a questão emocional.
Por Gustavo Dias
A prática pode ser nova em algumas equipes do futebol brasileiro, mas é algo que já acontece algum tempo em outros lugares e esportes. No filme “Moneyball – The Art of Winning an Unfair Game”, de Michael Lewis, e estrelado por Brad Pitt é possível ver como o gerente-geral de beisebol do Oakland Athletics monta a sua equipe baseada em dados estatísticos. Na década de 1960, a União Soviética já se utilizava da ciência e das universidades, como a Scolipe, para vencer partidas de futebol ou ganhar medalhas nos jogos olímpicos. O basquete norte-americano é outro exemplo o qual as equipes levantam os dados de atletas desde o colegial para ter escolhas mais seguras no draft.
E com o Vasco atualmente não é diferente, como demonstram as entrevistas recentes do diretor executivo de futebol, Alexandre Pássaro, que tem se utilizado da ciência para montar uma equipe competitiva. Esse time, como o jornal Lance! publicou nesta terça-feira (13/04) é extenso, contando com o fisiologista Gustavo Henriques, a psicóloga Maíra Ruas, o nutricionista Paulo Cavalcanti, os médicos Gustavo Caldeira, Ricardo Bastos e Marcos Teixeira, os fisioterapeutas Eduardo Calçada, Alexandre Barbosa, Márcio Monteiro e Aldo Mattos, além dos preparadores físicos Daniel Félix, Tiago Melsert e Luiz Felipe, fora toda a equipe de scouts e olheiros do clube que está espalhada pelos campeonatos estaduais buscando identificar atletas que possam ser úteis na Série B.
Durante a pandemia, esta equipe tem tido ainda mais dificuldades, já que estão tendo que pensar em toda a logística dos jogos, como nas viagens da Copa do Brasil que aconteceram de ônibus, e isto tudo em um calendário que os jogadores praticamente não descansaram, desta forma, a pré-temporada está ocorrendo com as competições já em andamento, até por este motivo o Vasco vem dosando o número de jogos de cada atleta de forma individual. Nesta temporada, apenas Gabriel Pec e Lucão participaram das 10 partidas da equipe. A previsão do Vasco é que até o início da Série B a equipe esteja pronta.