Ao canal da Jovem Pan Esportes no YouTube, o zagueiro Leandro Castan, ex-Vasco, revelou detalhes dos seus tempos de São Januário. Entrevistado por Leandro Asmar e Vampeta, Castan falou e muito do Gigante da Colina, nesse que foi o primeiro episódio do podcast “Reis da Resenha”.
Vampeta, em tom de brincadeira, mas também de crítica, logo perguntou: “Você recebeu alguma coisa lá ou metade de São Januário é sua?” Thiago Asmar complementou: “Você quis ficar com o time na Série B mesmo tendo outras propostas. Como você viu o Vasco neaaa sua saída?”
E aí começam as declarações sobre o Vasco por parte de Castan:
“É muito difícil falar do Vasco, pois sou muito agradecido ao clube que abriu a porta pra mim num momento difícil da minha vida. Só que outro dia eu estava falando pra minha esposa, que perdi o timer de sair. Eu ficava ali achando que seria o herói da reconstrução, e só me ferrei. Deveria ter saído da mesma forma que praticamente todo o time de 2019, mas fiquei por achar que era o certo. Faria a mesma coisa se fosse hoje. Fiz um acordo sem botar o time na Justiça. Quero que o Vasco vá bem para que eu receba“.
Asmar: e você acha que vai receber?
“Quando a gente faz um acordo e tem documento espera que vai receber. Cheguei para o Brazil e disse que não queria atrapalhar o fluxo de caixa do clube e que não recebessem por terem que me pagar. Disse que analisassem quanto poderiam me pagar e que dividissem tudo“.
“Espero que possa melhorar. O elenco que está sendo montado tem mais cara de Série B mesmo. Ano passado nosso time era mais fraco que os outros. Agora estão contratando jogadores mais fortes. Espero que a estrutura melhore. Não vou ficar aqui falando mal do clube depois que saí, mas quem está lá dentro sabe que precisa de um campo bom, CT bom, estrutura“.
Asmar: o que não mudou?
“Não tivemos um time competitivo. Quando caímos para a B, e que começaram a chegar contratações, pensei que faríamos um time bom, mas quando encontramos uma maneira de jogar, o Cabo foi mandado embora e trouxeram treinador com outro jeito de jogar. Estávamos perto do G4 e com o Lisca ficamos longe. Aquele time de 2019, por exemplo, se tivesse sido mantido e reforçado com algumas peças, teria feito um bom ano. Mas aí a diretoria resolveu apostar na base“.
Nesse momento da conversa, Vampeta solta: “campeonato de homem ganha homem, e campeonato de menino ganha menino“. Castan concordou de imediato.
Sobre as críticas que recebeu nas últimas temporadas, o zagueiro afirmou que concorda com todas elas, mas que algumas extrapolam qualquer liderança, como por exemplo os vários meses de salários atrasados entre 2020 e 2021 (4 meses de carteira e 7 de direitos de imagem), que tiveram de ser divididos devido à pandemia e o acordo comunicado ao elenco por Castan, que disse que os atletas de início não concordaram, mas que por consideração a ele aceitariam.
Sobre a polêmica que envolveu o uso da camisa LGBTQI+, Castan afirmou que foi atacado covardemente, pois a postagem que fez foi manifestação da sua fé cristã, além do mais, não atacou homossexual algum. Deixou claro seu rancor com o jornalista Mansur, autor de duras críticas à postura que teve.
Confira a íntegra do podcast com Castan:
Foto destacada: Jovem Pan Esportes