MUITO OBRIGADO, TORCEDOR VASCAÍNO!
Leandro A. Rodrigues
Brasil, outubro de 2021.
Meu caro Torcedor vascaíno,
Estou, mais uma vez, sem palavras para retribuir o seu amor por mim. Sempre soube o quanto você é diferente e, ao longo da minha existência, você sempre deu provas sobejas de carinho, de afeto e de dedicação, de sua parte para comigo. Para ficar, apenas, em dois exemplos, citarei a criação de São Januário e a criação do CT Moacyr Barbosa. Nos dois casos mencionados, você renunciou ao comodismo da passividade e presenteou-me com dois monumentos indizíveis.
Sei que, nos últimos anos, você tem sofrido bastante. Desde 2008, a dor tem sido maior, em virtude de minha performance claudicante e, às vezes, melancólica. Vejo o seu sofrimento e não me sinto feliz com isso. Fique ciente de que sofro muito com a sua dor. No entanto, mesmo com todos os percalços, você não me abandona. Você envolve-me, em seus braços, e conduz-me adiante. Muitas vezes, ainda que caído, tenho o consolo e a certeza de que a sua mão fiel irá me ajudar a me levantar. Isso me impressiona deveras. Isso me deixa envaidecido. Isso me deixa realizado.
Nas duas últimas semanas, após a minha ida ao Nordeste, o que você, Torcedor Vascaíno, fez, foi uma coisa assombrosa. A maneira como me recebeu no aeroporto de Aracaju e, na semana seguinte, no de São Luís, foi algo que me levou às lagrimas. Quantos abraços! Quantos beijos! Quanto carinho! Tantas fotografias! Tantos autógrafos! Mesmo estando, ainda, em meio a uma medonha e avassaladora pandemia, você vestiu o meu manto, pôs a máscara no rosto e, com orgulho, foi ao meu encontro. Havia mulheres, homens, jovens, idosos, adultos, crianças e toda a sorte de raça. Toda a diversidade que valorizo desde a minha existência e que foi reforçada com a minha resposta histórica de 1924.
Pela sua atitude, Torcedor Vascaíno, ficou bem nítido que não importa o momento que eu esteja vivendo. Sei que não estou em minha melhor fase. Tenho plena consciência disso, mas, sejamos sinceros, amar, quando tudo está bem, é muito fácil. Todavia, amar, quando tudo está adverso, é divino. E você, Torcedor Vascaíno, é um presente de Deus na minha existência. Você, Torcedor Vascaíno, é o que me move diariamente e me impulsiona, conforme ocorreu com o Almirante português, meu xará, a mares “nunca d’antes navegados”.
Por esse motivo, senti-me na obrigação e na necessidade de escrever-lhe esta missiva de agradecimento!
Mais uma vez, muito obrigado, Torcedor Vascaíno!
Atenciosamente,
Vasco da Gama.
Saudações Vascaínas!