Na noite desta segunda-feira (13), o ex-executivo de futebol do Vasco, Alexandre Pássaro, revelou em entrevista ao “Reis da Resenha”, da Jovem Pan Esportes, um “contrato” que apresentava uma taxa cobrada por uma agência de viagem ligada a um conselheiro do clube, sem revelar sua identidade. Segundo o ex-dirigente, a empresa cobrava uma taxa acima do normal.
– Na primeira viagem, pra Goiânia, ficou R$ 200 mil. Ia assinar a nota e tinha “+ 16%”. Perguntei o que era. Era da agência de viagem. No São Paulo tinha um funcionário que fazia a logística. Até tinha uma agência, mas ela cobrava da companhia, não do clube. Falaram “Isso aqui já existe, é ligada a empresa do conselheiro”. E o Vasco não tem dinheiro, não temos R$ 200 mil. A empresa bota na frente, a gente viaja e um dia a gente paga. Fecha o mês e paga. Estão nos emprestando dinheiro a 16% ao mês. No banco é no ano. Falei “avisa que foi a última”. Eu sou assim – disse Pássaro.
– Um dia numa derrota veio o gerente e mostrou no Instagram o comentário mais curtido era do dono da empresa. Essa é a diferença no Vasco. O cara tá ali, na comida, na base. Como o Vasco era um clube sem dinheiro, as pessoas eram “deixa que eu empresto”. Isso se confundia muito. O presidente estava pagando coisa de 20 anos atrás – finalizou o dirigente.
Ao todo, Alexandre Pássaro, esteve como diretor executivo do Vasco durante 10 meses, quando entrou no início da gestão do presidente Jorge Salgado. O antigo dirigente saiu do Cruzmaltino após a equipe não conseguir o acesso para a Série A.
Por Jhulia Dutton