A empresa Espetto Carioca revelou a intenção de solicitar a penhora das contas do Vasco, por conta de dívidas antigas do clube: o Vasco possuía contrato com a empresa para fornecimento de alimentos, mas com o rompimento do mesmo em 2018 restaram as pendências que agora a diretoria precisará honrar.
Por Antonio Filho
Ainda na gestão do ex-presidente Alexandre Campello o Vasco firmou um contrato com a empresa Espetto Carioca, com a finalidade de fornecimento de alimentos à Instituição, porém essa parceria durou somente três meses por conta de reclamações do Club em razão do serviço prestado por essa fornecedora. O Vasco então tomou a iniciativa de rescindir o contrato e a empresa, por sua vez, entrou na justiça para reclamar o que ela entendia que tinha direito; depois de um ano, na justiça, foi feito um acordo entre as partes, mas hoje o tema volta à discussão por conta de declarações do CEO da empresa indicando a intenção de pedir na justiça a penhora das contas do Club.
O caso em questão já dura mais de três anos e, ainda assim, segue gerando problemas ao clube. No acordo inicialmente firmado sobraram reclamações de ambos os lados, mesmo assim coube ao Vasco arcar com uma dívida gerada a partir desse acordo e pelos serviços prestados pela fornecedora de alimentos, à medida que o tempo vai passando essa dívida só aumenta e isso pode gerar instabilidade no clube. O presidente responsável tanto pelo contrato inicial como também pelo acordo na justiça foi Alexandre Campello, porém, agora, o novo presidente Jorge Salgado e sua diretoria terão de resolver essa questão.
O assuntou voltou a ser noticiado no momento devido às declarações dadas pelo Sr. Leandro Sousa, CEO da empresa Espetto Carioca, que noticiou a intenção de solicitar a penhora das contas do Vasco da Gama na justiça, a fim de receber o que foi acordado. Em entrevista ao “LANCE!” o CEO deu as seguintes declarações:
– O Vasco tinha uma dívida de cerca de R$ 900 mil, que estávamos dispostos a negociar, trocar por patrocínio em uniforme, por exemplo, mas o clube não quis e a dívida, com multas, juros e correções, chegou a R$ 3 milhões. Do total, conseguimos um bloqueio na CBF de cerca de R$ 1 milhão e, com isso, negociamos o valor, que ficou em R$ 1,6 milhão – explicou o representante da empresa que ainda continuou com mais informações:
– Dessa quantia, R$ 600 mil poderiam ser pagos em parcelas de R$ 20 mil, das quais também não foram cumpridas. De modo que estamos, mais uma vez, acionando o clube na justiça com intenção de penhorar as contas, incluindo cerca de 35% do valor, que era cobrado antes do acordo – disse.
A partir disso, a empresa alega que o Vasco da Gama não paga as parcelas do acordo (firmado em 2019) desde o mês de fevereiro corrente e, segundo a fornecedora, em caso de não pagamento da dívida, o valor inicial sem o desconto aplicado poderia ser cobrado.