Ricardo Graça começou o ano de 2020 como uma das promessas do Vasco que estava mais preparada para ganhar o seu espaço no profissional. Quando recebeu a chance no time titular, correspondeu às expectativas e passou grande parte do ano entre os onze iniciais do Cruzmaltino. Porém, chegando ao fim deste ano, Sá Pinto passa a escolher outras opções para o setor defensivo, e Graça vai da titularidade à terceira opção na zaga.
Desde a idade até a altura, alguns motivos podem explicar a escolha de Ricardo Sá Pinto por sacar o seu xará do time titular. Em um momento complicado no Brasileirão, o treinador português ainda utilizou Graça entre os iniciais quando o time jogada com três zagueiros. Porém, quando mudou a formação, optou por jogar com zagueiros mais experientes – como Jadson e Werley – ou mais alto – Marcelo Alves.
Outro motivo pode ser ainda a desconfiança em utilizar um zagueiro canhoto do lado direito do setor defensivo. Leandro Castán, também canhoto, tem a confiança do treinador e dificilmente sairá do time. Colocar Graça para jogar do lado direito da zaga pode ser um risco que Sá Pinto não quer correr. Diferentemente do que fez Ramon Menezes, que viveu o melhor momento do Vasco no ano enquanto utilizava o zagueiro do lado direito da defesa.
O bom momento do Vasco no início da temporada foi paralelo à uma ótima fase do zagueiro. Graça termina o ano com média de apenas 0,3 dribles sofridos no campeonato e quatro cortes por jogo. O capitão Leandro Castán, por exemplo, tem a mesma média de dribles tomados e 3,8 cortes por jogo.
O ANO DE RICARDO GRAÇA
O defensor do Vasco da Gama começou do ano como reserva. Abel Braga, técnico do time na ocasião, optava por Werley e Castán como dupla de zaga. A pressão da torcida e as atuações ruins de Werley fizeram o treinador colocar Ricardo Graça como titular no clássico contra o Fluminense. Após a partida, Abel foi demitido, e com a chegada de Ramon Menezes, Graç
a ganhou cada vez mais espaço no time.
Com Ramon, o zagueiro viveu ótimos momentos vestindo a camisa do Gigante da Colina. A liderança do Brasileirão foi o ponto alto daquela era. Mesmo com poucas mudanças no time, o rendimento da equipe diminuiu. Ao fim da era do ídolo como técnico, Ricardo Graça e Castán não tinham mais a mesma solidez defensiva e o time começou a sofrer goleadas.
Quando chegou ao Vasco, Ricardo Sá Pinto optou por jogar com três zagueiros. A escolha do treinador resultou no pedido de mais um defensor para compor o elenco. Jadson foi o nome escolhido pelo português. Quando teve ao seu lado mais dois zagueiros no time titular, Graça ainda recebeu chances entre os onze iniciais. Porém, quando mudou a formação para o clássico formato com quatro jogadores na linha de defesa, Sá Pinto decidiu por sacar o jogador oriundo da base.
Chegando ao fim de 2020, Ricardo Graça se vê indo da titularidade à terceira opção, mas vê também uma defesa frágil que pode mudar a qualquer momento. A utilização de seis jogadores diferentes na zaga nas últimas quatro partidas mostra que ainda há uma vaga em aberto no setor defensivo, e Graça pode ser uma das opções para preenchê-la nos próximos jogos.
Por: Micael Abbud