Antes de fechar com um executivo de futebol para a sua gestão, Jorge Salgado tinha três nomes: Rodrigo Caetano, então no Inter, Falcão, ex-Inter e Seleção Brasileira, Rui Costa ex-Atlético Mineiro e Grêmio, Diego Cerri então no Bahia e o de Alexandre Pássaro. O escolhido foi este último.
O jornalista Flávio Dias, do canal “Atenção, vascaínos!”, apurou que os motivos que fizeram Jorge Salgado escolher o jovem de 31 anos foram: sua linguagem, sua organização e sua juventude. As informações de Flávio Dias também trazem que o atual executivo de futebol teve indicação de Falcão a Jorge Salgado.
Internamente, há uma pressão enorme para que o presidente do Vasco promova mudanças no futebol no clube, e a principal delas é a diminuição do poder quase absoluto dado a Alexandre Pássaro pelo próprio presidente Salgado. Fala-se, inclusive, e essa é outra informação trazida no canal “Atenção, vascaínos!”, de que se não houver mudanças, haverá uma debandada de muitos dirigentes.
As mudanças serão tratadas em reunirão na segunda-feira após o jogo contra o Botafogo, independente do resultado da partida. Tal encontro da diretoria já ocorre normalmente às segundas, e só não ocorrerá caso Jorge Salgado não a convoque.
O sentimento interno é de que o departamento de futebol está muito hermético e vaidoso, isolado em sua própria ilha. Isso tem incomodado muitos membros da atual gestão, já que as consequências pelos erros da gestão do futebol acabam, inevitavelmente, respingando fortemente nos outros departamentos.
A apuração de Flávio Dias não deixou de trazer, com todo o respeito à boa informação e à realidade, o fato de que com a chegada de Pássaro os trâmites funcionais melhoraram bastante. No entanto, o trabalho vem sendo muito empresarial e pouco de clube, muito frio, sem o calor que o comando de um clube exige também. Sem falar que os resultados não vieram principalmente graças à horrorosa montagem do elenco empreendida por Alexandre Pássaro.
Para se ter uma ideia do hermetismo do departamento de futebol, o Conselho Gestor sequer se reuniu uma única vez para debater ou intervir em algum assunto da gestão do futebol. O Conselho é formado pelo presidente Jorge Salgado, o VP Geral Carlos Osório, o VP de Finanças Adriano Mendes e o VP de Comunicações Maurício Corrêa.
Se o Conselho Gestor não se reuniu para tratar de assuntos do futebol, significa que o departamento comandado por Alexandre Pássaro é uma verdadeira caixa preta e o CT do clube um bunker, onde nem membros da diretoria podem entrar.
Não se pode negar ou querer esconder que tal poder nas mãos de Pássaro é consequência de ações de Jorge Salgado, pois foi este quem atribuiu tanto poder ao seu próprio escolhido para comandar o futebol do Vasco da Gama.
Pássaro tem diversas pessoas linkadas a ele: pessoas do CT, chefe de RH, dirigentes da base e novos treinadores. Esse é outro fator de incômodo interno no clube.
O Vasco precisa de mudanças o quanto antes.