O dono da SAF do Botafogo, John Textor, negou, nesta segunda-feira (6), que exista qualquer crise interna ou disputa de poder entre a Eagle Football Holdings e o clube social. Em entrevista ao ge, o empresário americano aproveitou para alfinetar o Vasco, citando o caso da 777 Partners: “Não somos o Vasco, isso não é a 777”.
Durante a manhã, circularam rumores em grupos de WhatsApp sobre uma suposta reunião entre João Paulo Magalhães Lins, presidente do clube social do Botafogo, e representantes da Ares, empresa que emprestou dinheiro a Textor para a compra do Lyon. A informação foi rapidamente desmentida pelo próprio dirigente e, mais tarde, pelo dono da SAF.
“Não gosto de comentar rumores, mas esse reverberou muito, então eu vou falar. Essa notícia é baseada em nada. Não tem como ter uma reunião da Eagle sem eu estar envolvido”, afirmou Textor. “Sou o sócio majoritário da Eagle Football Holdings. Essa empresa é dona de uma sub-empresa chamada Eagle Football Holdings MIDCO, e eu sou o único diretor dela. E ela é a sócia da Eagle BIDCO, que é ligada aos clubes. A diretoria tem eu, Mark Affolter, da Ares, e Chris Mallon. Haverá mudanças nesse grupo em breve, mas eu continuarei no grupo”, completou.
Durcesio Mello, John Textor e João Paulo Magalhães Lins — Foto: Reprodução
O americano contou ainda que conversou diretamente com João Paulo e que o presidente garantiu não ter havido qualquer contato com representantes da Ares. Textor reforçou que não existe disputa pelo comando do Alvinegro e destacou o equilíbrio administrativo da SAF.
“João Paulo comanda o clube social, eles têm várias opiniões. Eles têm 10% do Botafogo e estão sempre convidados a colaborar quando quiserem, mas a Eagle Football tem 90%. Não somos o Vasco, isso não é a 777. Temos bons acionistas e a governança do clube está boa, não precisa de mudanças”, disse.
A menção ao Vasco faz referência à crise vivida pelo clube de São Januário com a 777 Partners, antiga dona da SAF cruzmaltina. Em 2024, o presidente Pedrinho entrou na Justiça para afastar a empresa, após problemas financeiros e descumprimento de obrigações contratuais. Atualmente, o Vasco é administrado por uma diretoria interina enquanto busca novos investidores.
Por fim, Textor garantiu que o Botafogo tem condições financeiras para seguir a temporada sem dificuldades e reforçou seu compromisso de longo prazo com o clube.
“Os acionistas vão continuar ajudando. Eu disse que gostaria de morrer nesse clube, eu vou morrer no Botafogo. Não sei se isso significa que eu serei o líder para sempre, não sei quantos anos nessa intensidade um ser humano pode aguentar (risos), mas a Eagle Football vai continuar apoiando esse grande clube. Temos roupa suja para lavar, como uma família, mas vamos passar por isso”, concluiu.
