Pressionado pelas críticas do Ministério Público e pela proximidade da Assembleia Geral de Credores, o Vasco da Gama protocolou na Justiça uma nova versão de seu Plano de Recuperação Judicial (RJ). O documento, apresentado na madrugada desta quinta-feira (09), traz modificações importantes e cria “subclasses” de credores, em uma tentativa de adequar a proposta e aumentar as chances de aprovação.
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Vasco busca corrigir “ilegalidades” apontadas pelo MP
A reformulação do plano é uma resposta direta ao parecer do Ministério Público, que havia apontado “graves ilegalidades” na primeira versão, principalmente em relação a dívidas trabalhistas e correções de valores. A diretoria, portanto, correu para ajustar o texto e apresentar uma proposta mais palatável aos credores e à Justiça.
A principal mudança estratégica, segundo a análise do jornalista Danilo Danteskoo, do Expresso 1923, é a criação de “subclasses” para diferentes tipos de credores. A medida visa oferecer condições de pagamento distintas e mais atrativas para grupos específicos, como beneméritos que emprestaram dinheiro ao clube, agentes de futebol, clubes e detentores de direitos de imagem.
Para os credores trabalhistas que não aderiram a acordos prévios, o novo plano também prevê a possibilidade de recebimento de até 150 salários mínimos.
Plano será votado hoje em assembleia
O novo documento, com mais de 80 páginas, será apresentado e votado na Assembleia Geral de Credores, que acontece nesta quinta-feira. A aprovação do plano é o passo mais importante para que o Vasco consiga, enfim, iniciar a reestruturação de sua dívida bilionária e garantir a saúde financeira do clube para o futuro.
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